Os Circuitos Ciência Viva querem pôr os portugueses a conhecer o país “através da ciência e da cultura”. Uma ida à praia que acaba por proporcionar a descoberta de pegadas de dinossauros em Lagos, um passeio por Estremoz que se transforma numa viagem por pedreiras, castelos e pelo sistema solar, uma caminhada pelo centro de uma cidade que surpreende com uma arte em vias de extinção.
Para já existem 18 circuitos disponíveis, com “54 percursos e mais de 200 etapas para explorar”. Cada roteiro parte de um dos centros de Ciência Viva espalhados pelo país: Açores, Alviela, Aveiro, Bragança, Coimbra (existem dois centros, mas apenas um circuito no concelho), Constância, Estremoz, Faro, Guimarães, Lagos, Lisboa Centro, Lisboa Oriente, Lousal, Porto, Proença-a-Nova, Sintra, Tavira e Vila do Conde. O centro de Ciência Viva de Porto Moniz, na ilha da Madeira, é o único sem um circuito associado.
O novo “programa de turismo do conhecimento” inclui um cartão, um guia interactivo e uma aplicação móvel (disponível para Android e iOS). O primeiro é o epicentro do projecto. É válido por um ano para “dois adultos ou um casal e os filhos até aos 17 anos” e dá entrada gratuita nos 20 centros Ciência Viva e acesso a descontos “em mais de 100 instituições de ciência, cultura e lazer” – incluindo museus, monumentos, parques e reservas naturais, grutas, minas, jardins zoológicos e aquários, entre outros – e em entidades parceiras do projecto – como unidades de alojamento, empresas de transporte ou estabelecimentos de restauração.
A activação do cartão abre ainda portas a tudo o resto, seja através do site do projecto ou da aplicação móvel: detalhes sobre os circuitos sugeridos, mapas interactivos dos percursos, “desafios aos exploradores”, partilha das experiências vividas e acesso às tarifas promocionais. É ainda possível consultar uma agenda de actividades nos diferentes destinos, de acesso livre nas duas plataformas. O kit circuito custa 50€ - traz um cartão, um guia e um pequeno caderno de bolso.
Os Circuitos Ciência Viva são uma iniciativa daquela instituição nacional, em parceria com a Fundação Vodafone. “Sentimos que podíamos ser os catalisadores de um projecto inovador de turismo do conhecimento”, afirma Rosália Vargas, presidente da Ciência Viva – Agência Nacional para a cultura Científica e Tecnológica, defendendo que “este é um projecto de natureza sustentável” que “traz um olhar de futuro, ao mesmo tempo que valoriza a tradição e o património”.
Para Mário Vaz, presidente da Fundação Vodafone Portugal, o programa “proporciona aos utilizadores uma experiência completa e altamente criativa”, que “permite não só o conhecimento do património nacional e regional de uma forma mais clara e prática como ainda possibilita a partilha de viagens, fotografias e saberes”. “É, acima de tudo, uma forma dinâmica, pedagógica e divertida de descobrir ou redescobrir Portugal”, sublinha.