Fugas - Vinhos

Continuação: página 3 de 3

Martine Saunier: “Acredito que o futuro dos vinhos vai ter de passar por Portugal”

Martine Saunier dá como exemplo o encontro que teve na feira anual em São Francisco, Wine & Spirits – onde este ano teve dois vinhos seus nos cinco melhores: um Niepoort e um Muscadet –, com um cliente australiano, que a não conhecia, e lhe disse: "O meu pai tem uma vinha de 300 hectares e vende milhões de toneladas de uvas todos os anos; mas é tudo feito mecanicamente, e eu já estou farto disso; do que verdadeiramente gosto é dos vinhos franceses da Martine Saunier". "Sou eu!" [risos].

E a "importadora extraordinária" fala da evolução do mercado, cada vez mais no sentido da atenção à qualidade. "Até aqui havia muita gente que não bebia vinho, depois começou a fazê-lo, mas pelos vinhos doces, muito marcados pela madeira; agora, tudo isso começou a passar de moda e há muitos americanos que já não podem ouvir falar no sabor a madeira", nota Martine Saunier, realçando também a importância de os restaurantes começarem a incluir nas suas equipas escanções "que gostam de explicar os vinhos aos clientes". "Se vocês lhes apresentarem bons vinhos de Portugal, isso vai intrigá-los; é uma missão: é preciso bater o terreno, mostrar, dar a provar. Mas vão chegar lá".

--%>