Fugas - Vinhos

Nuno Alexandre Mendes

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Recomendações de Verão

O estilo tradicional é genericamente diferente, quase oposto, mas os vinhos brancos da Península de Setúbal merecem igualmente destaque directo e laudatório, não só pela qualidade intrínseca dos vinhos mas igualmente pelo preço especialmente doce a que a maioria são propostos. Se num passado ainda relativamente recente a casta Moscatel dominava a paisagem, actualmente os argumentos diversificaram-se e conseguimos encontrar castas e vinhos para todos os apetites, de variedades nacionais a estrangeiras, de perfil mais aromático ou mais incisivo.

A José Maria da Fonseca reúne um conjunto alargado de vinhos brancos encaixados em perfis bem diferenciados que variam entre uma aproximação mais clássica, como o Pasmados, ou uma visão mais jovem, como os Colecção Privada, por vezes alimentados por castas estrangeiras como o Grüner Veltliner, quase desconhecida em Portugal. A Bacalhôa surpreende com os frescos e intensos JP, uma das relações qualidade/preço mais arrebatadoras do mercado, sem esquecer os felizes Serras de Azeitão e o mais peremptório e formal Catarina.

A Cooperativa de Pegões espanta com a qualidade dos vinhos brancos apresentados, invariavelmente vendidos a preços mais que convenientes, vinhos como o Vale da Judia, Fontanário de Pegões ou Adega de Pegões, assentes maioritariamente nas castas Moscatel e Fernão Pires. E ainda tem tempo para inovar com o Fonte do Nico Light, um lote de Moscatel, Fernão Pires e Arinto que dá origem a um vinho fresco, leve, suave… e com apenas 10º de álcool. Por fim, a Casa Ermelinda de Freitas, também ela líder na sempre difícil equação entre a qualidade e o preço, conhecida pelos risonhos Terras do Pó e Dona Ermelinda.

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