Fugas - Vinhos

  • A Confraria da Cerveja em brinde
    A Confraria da Cerveja em brinde DR
  • Ana Margarida Andrade, a primeira consumidora entronizada
    Ana Margarida Andrade, a primeira consumidora entronizada DR
  • Insígnias da Confraria da Cerveja
    Insígnias da Confraria da Cerveja DR
  • Nuno Pinto de Magalhães, Grão-Mestre da Confraria
    Nuno Pinto de Magalhães, Grão-Mestre da Confraria DR
  • Durante o jantar da festa
    Durante o jantar da festa DR
  • Uma fotografia de grupo no Funchal
    Uma fotografia de grupo no Funchal DR

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Ana Margarida no mundo da cerveja

O passeio teve de terminar antes das 16h, quando no foyer do Baltazar Dias, em plena baixa do Funchal, se começaram a servir as primeiras de muitas cervejas. Os que vão ser entronizados – além dos confrades de Honra há ainda os confrades Protectores (parceiros da indústria cervejeira, institucionais ou não) e os confrades Mestre (membros da indústria cervejeira) – aguardam no exterior, já de capa mas ainda sem os chapéus que só podem ser colocados depois de se tornarem confrades nem os crachás que são aplicados nas capas nessa altura.

Bebe-se ao sol quente e húmido da Madeira, quando chega Alberto João Jardim e, instantaneamente, se torna o centro das atenções, levando uma das confradesas a anunciar, para o grupo que a acompanha em mais uma bebida que “chegou a estrela”. Já passa das 17h quando, ao som de aplausos, os membros e futuros membros da confraria entram na sala principal do teatro, para a longa cerimónia de entronização que, claro, só podia terminar com um brinde com mais um copo de cerveja, que homens e mulheres fardados distribuíram, entretanto, por todo o auditório, depois das 18h30.

Já começa a fugir a luz quando o grupo faz um pequeno desfile pelas ruas do centro, até à Praça da Assembleia. Os turistas tiram fotografias sem saber a quê, mas alguns perguntam o que se passa e mostram-se participantes entusiastas quando percebem que, ali, no fim do desfile, se distribui cerveja de graça a quem se aproxima. Mais um copo, uma fotografia de grupo (e muitas selfies) e todos regressam ao teatro, onde um jantar volante os aguarda.

À refeição é servida a Coral madeirense, mas também a Sagres e a Super Bock, mas Ana Margarida, como verdadeira confradesa, que prometeu “honrar e defender” a confraria, bem como “promover e defender a cerveja portuguesa”, assume uma posição diplomática e não escolhe qualquer uma como a sua preferida. “Gostei da Coral, mas gosto sempre de ir experimentando todas”, diz.

Numa ilha da cerveja

No dia seguinte, a primeira consumidora entronizada pela Confraria da Cerveja tem o dia livre para passear pela ilha e aproveitar as comodidades do hotel de cinco estrelas, mas muitos dos participantes rumam ao pólo empresarial da Empresa de Cervejas da Madeira para um seminário e uma visita à fábrica que produz a Coral, além dos refrigerantes Brisa e Brisol (sem gás) e a água de mesa Atlântida.

Nuno Branco, o director de produção, guia os convidados pela fábrica parada (é sábado) e explica como a recente campanha de retorno de garrafas conseguiu uma taxa de reversão acima dos 30% em apenas seis meses. “Se antigamente as pessoas retornavam as garrafas, porque é que agora não o fazem?”, diz. Sem produção vidreira na ilha, as garrafas têm de ser importadas do continente, pelo que o reaproveitamento é importante para a indústria, explica o responsável da ECM.

A Coral, na Madeira, é rainha. Ela representa entre 60% e 70% do consumo de cerveja na ilha e a fábrica é local obrigatório de visita para os alunos das escolas, começando a cativar também alguns turistas. “Eles querem levar rótulos e garrafas de recordação. E temos tido contactos agradáveis de pessoas que depois querem ter os nossos produtos no país deles. Por isso, às vezes, exportamos pequenas quantidades para esses sítios”, conta Nuno Branco.

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