Será, como sempre nestas ocasiões, uma oportunidade ímpar para provar vinhos de diversos estilos e proveniências, de regiões mais conhecidas mas também de regiões menos populares, vinhos que extravasem o espaço tão apertado e conservador a que tantas vezes nos limitamos por inércia ou opção pessoal.
É crucial aproveitar eventos como este para ir além do óbvio, aproveitar jornadas como esta onde é possível ter acesso a vinhos de várias origens para provar vinhos a que raramente damos atenção, sejam eles de castas menos habituais, de estilos menos consensuais, de regiões menos valorizadas, de produtores menos conhecidos.
Informe-se e aproveite para provar alguns dos grandes vinhos brancos que despertam um pouco por todo o território. Descubra a nova geração de espumantes que desponta mais uma vez de forma mais ou menos ampla por todo o Portugal. Dê uma oportunidade aos vinhos rosados e delicie-se com a emergência de um novo padrão de vinhos rosados mais secos, vivos e frescos que num passado recente.
Não se esqueça de guardar tempo, espaço e energia para os enormes vinhos generosos de Portugal, esse grande e afamado trio que responde pelos nomes de Vinho do Porto, Vinho da Madeira e Moscatel de Setúbal. Não caia na tentação de deixar os vinhos generosos mesmo para o final do dia reservando-os para os últimos minutos da feira, altura em que os seus sentidos já estarão tão cansados que muito dificilmente terá capacidade ou vontade para os apreciar na plenitude.
Para além das provas abertas junto de cada produtor as provas paralelas, provas comentadas e particularizadas num determinado tema, são invariavelmente uma das motivações capitais para uma deslocação ao Centro de Congressos de Lisboa. Este ano essas provas dividem-se pelos três dias do evento com um preço unitário de 35€.
No primeiro dia, sexta-feira, dia 7, decorrem duas provas centradas em vinhos franceses e vinhos alentejanos. Às 18h30 tem lugar a primeira prova intitulada “A Borgonha de Louis Latour” onde serão provados dez vinhos de diferentes apelações deste conhecido produtor francês. Em seguida, com início às 20h00, terá lugar a prova “Incógnito de Cortes de Cima”, uma prova vertical do produtor alentejano Cortes de Cima que inclui colheitas como 1999, 2002, 2004, 2005, 2008, 2009 e 2011 do Incógnito, para além de uma segunda prova vertical do vinho Hans Christian Andersen que compreende as colheitas 2004, 2007, 2008, 2009 e 2010.
No dia 8 de Novembro, sábado, poderá acompanhar três provas comentadas. A primeira prova por Daniel Llose e Raul Riba d’Ave terá lugar às 14h30 e responde pelo nome “De Bordéus ao Douro com os vinhos de Jean Michel Cazes”. Durante a prova serão apresentados os vinhos Château Les Ormes de Pez, Château Lynch-Bages, os durienses Xisto e Roquette & Cazes bem como quatro outros vinhos de projectos análogos da família Cazes.
Às 16h15 terá lugar aquele que a organização apresenta como o ponto alto das provas comentadas, a celebração dos vinte e cinco anos do organizador do evento numa prova denominada “25 Anos da Revista de Vinhos, 25 vinhos que fizeram a diferença”. A lista dos vinhos que irão ser apresentados ao longo da prova é confidencial e a informação só será revelada ao longo da prova comentada pelos principais especialistas da publicação.