Outro trunfo de Portugal é ter um território muito variado, o que permite que alguns enoturismos mais estruturados tenham uma oferta específica: “Na Quinta da Ervamoira, no Douro, podem ver-se as gravuras rupestres e andar de jipe, o Esporão, no Alentejo, tem ruínas arqueológicas e uma parte museológica, na Beira Interior há as aldeias históricas, na região do Tejo pode-se fazer observação de aves e há produtores completamente ecológicos.”
O guia, com um visual vintage, apresenta mais de uma centena de enoturismos, “por entre palácios oitocentistas, boutique hotels e casas agrícolas centenárias”, em quase todas as regiões, com destaque para o Douro e o Alentejo. Mas não é apenas uma lista. Maria João Almeida explica as características de cada região e dos respectivos vinhos, conta uma breve história sobre cada enoturismo, sugere alguns dos vinhos para prova em cada um (não dá preços das visitas nem aconselha provas muito específicas porque “poderiam desactualizar-se rapidamente”, explica), e ainda apresenta propostas dos melhores locais para comer e dormir em cada uma das regiões. E no final, não entrando em demasiados detalhes, dá ainda uma breve explicação sobre as principais castas portuguesas.
Importante é não esquecer que o vinho é só o pretexto para a viagem, lembra a autora. “O enoturismo é muito mais vasto do que o vinho, é o vinho que nos leva até lá, mas a partir daí abrem-se outros caminhos.”