Fugas - Vinhos

  • Dentro de um barril a percorrer a The Scotch Whisky Experience
    Dentro de um barril a percorrer a The Scotch Whisky Experience
  • Sala de provas na destilaria de Glenkinchie
    Sala de provas na destilaria de Glenkinchie
  • The Scotch Whisky Experience
    The Scotch Whisky Experience
  • Caroline Martin, master blender da Logan
    Caroline Martin, master blender da Logan
  • Destilaria de Glenkinchie
    Destilaria de Glenkinchie
  • No arquivo da Logan podem ver-se os anúncios antigos da marca
    No arquivo da Logan podem ver-se os anúncios antigos da marca
  • James Logan Mackie, o produtor que deu o nome ao whisky Logan
    James Logan Mackie, o produtor que deu o nome ao whisky Logan
  • As garrafas da Logan pouco mudaram ao longo dos tempos
    As garrafas da Logan pouco mudaram ao longo dos tempos
  • Exposição sobre a história do whisky escocês na destilaria de Glenkinchie
    Exposição sobre a história do whisky escocês na destilaria de Glenkinchie
  • Exposição sobre a história do whisky escocês na destilaria de Glenkinchie
    Exposição sobre a história do whisky escocês na destilaria de Glenkinchie
  • Exposição sobre a história do whisky escocês na destilaria de Glenkinchie
    Exposição sobre a história do whisky escocês na destilaria de Glenkinchie
  • Edimburgo visto a partir do castelo
    Edimburgo visto a partir do castelo
  • Os jardins de Edimburgo
    Os jardins de Edimburgo
  • Tocador de gaita de foles no centro de Edimburgo
    Tocador de gaita de foles no centro de Edimburgo

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O whisky que os anjos não bebem..

Para que um destilado de cevada possa ser chamado de scotch whisky tem que passar pelo menos três anos em barrica, e esta só pode ser de carvalho americano (geralmente são aproveitadas as que foram usadas para bourbon, o que lhe dá notas mais adocicadas, de baunilha), ou de carvalho europeu (onde se usam as de xerez, vindas de Espanha, mas também se podem usar as de vinho do Porto, por exemplo).

É possível fazer envelhecer um whisky numa barrica de bourbon e depois “terminá-lo” durante mais alguns meses numa barrica de Porto ou de xerez. À medida que a produção de whisky se torna mais sofisticada e que se procuram novos sabores (sem desvirtuar o clássico), trabalha-se mais com este tipo de “afinações”. “Está a fazer-se muita pesquisa à volta das barricas”, confirma a master blender.

Mas o trabalho de Caroline com este Logan Heritage Blend foi mais de procura de equilíbrios, e a questão dos anos na barrica pode tornar-se até um problema. Para um master blender não é necessariamente mais interessante ter muitos whiskies envelhecidos para trabalhar. “Gostaria de poder provar e determinar o ponto certo entre o grau de maturação e o trabalho da madeira”, afirma Caroline. “Por isso, para nós o melhor é não ter um limite de idade mínima, como os 12 anos, por exemplo, e julgo que é para aí que a indústria está a evoluir.”

“Queríamos um whisky suave”, diz, explicando que começou com uma base de whiskies de grão, aos quais foi acrescentando as notas mais fortes dos single malt, até dar ao produto final um toque muito discreto, quase imperceptível de fumado, com um sabor frutado mas com alguma complexidade fornecida pelos maltes mais fortes. “Quando juntamos tudo — e isso nunca deixa de me surpreender — surge algo que não esperávamos, e que na maior parte dos casos é uma boa surpresa.”

Quanto à melhor forma de o apreciar, Caroline diz que não há regras. O gelo pode “fechar os sabores”, mas se aquecermos um pouco o líquido na boca eles regressam ainda mais pujantes. Se não se usar gelo, algumas gotas de água ajudam a abrir o whisky, baixando ligeiramente a força do álcool.

Sendo um blend, o Logan Heritage é criado e logo engarrafado, ou seja, já não evapora. É, portanto, um whisky para mortais — como nós. Os anjos, esses, tiveram acesso privilegiado a todos os single malt da Escócia e já fizeram o seu próprio blend, lá em cima, entre as nuvens.

A Fugas viajou a convite da Logan

 

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