Fugas - Vinhos

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Loureiro, a outra grande casta branca nacional

Aphros Loureiro 2013
Vasco Croft, arquitecto de formação, rege a propriedade e a sua vida pessoal pelos princípios filosóficos da antroposofia, praticando uma viticultura que segue à risca os preceitos da biodinâmica. A sua quinta no vale do Lima acolhe as duas castas absolutamente peremptórias para a região, o Loureiro e o Vinhão, com a certeza de que essas duas castas locais seriam as variedades mais adaptadas ao terroir e à harmonia com a natureza. E o Aphros Loureiro conta sobretudo uma história de harmonia, elegância, frescura e equilíbrio, aqui e ali temperadas por uma boa dose de irreverência que faz o vinho sobressair. Se nos primeiros anos foi o Vinhão a impor-se, existe hoje uma conformidade perfeita entre brancos e tintos à medida que o Loureiro ganhou consistência e sem-cerimónia. Vinhos puros e fragrantes que têm tudo para poder viver um bom par de anos em garrafa.
Preço: 7.50

Soalheiro Allo 2013
O nome Soalheiro é quase sinónimo de Alvarinho, a casta de eleição de Luís Cerdeira, o nome principal e quase exclusivo da casa. A única excepção é este Allo, um vinho que combina as virtudes do Alvarinho com o Loureiro, juntando a estrutura, peso e vigor do Alvarinho com a delicadeza, emoção e exuberância aromática do Loureiro. Uma combinação que junta o melhor de dois mundos num exemplo de consistência, coerência, solidez e elegância. O vinho é cristalino e exuberante, de uma pureza aromática avassaladora, vibrante, tenso e entusiástico, fresco como a Primavera. Frutado e sedutor, é fácil ficar inebriado perante a alegria, frescura e educação de um vinho que exprime de forma brilhante a paisagem e o estilo dos vinhos da região. É bom encontrar vinhos brancos assim, vinhos que conseguem conciliar frescura intensa com um corpo mais denso e cheio, mineralidade com estrutura, elegância com dimensão.
Preço: 5.90

Niepoort Dócil Loureiro 2014
Poderá até parecer estranho ver o nome de um produtor consagrado do Douro (e agora também da Bairrada e Dão) num vinho que nasce na região do Vinho Verde, mas a verdade é que este Dócil é um dos grandes representantes de um estilo alternativo e original para a casta Loureiro. O projecto é pequeno, muito pessoal e advém do sonho, visão, vontade e obstinação pessoal de Dirk Niepoort. O Dócil junta a enorme e natural exuberância aromática do Loureiro com a frescura tradicional da região oferecendo um vinho branco leve e aromático que, e essa é umas novidades maiores do projecto, deixa alguma doçura residual no fundo do copo que aproxima o Vinho Verde aos magníficos vinhos da região alemã de Mosela. O vinho é particularmente fácil e afável no trato embora se apresente mineral e suavemente perfumado. Uma excelente ideia que poderá oferecer caminhos alternativos para o estilo dominante na região.
Preço: 7.90

Muros Antigos Loureiro Escolha
Anselmo Mendes é um dos nomes mais mediáticos e respeitados de Portugal. Apesar de estar mais conotado com o Alvarinho, Anselmo Mendes é igualmente defensor das virtudes do Loureiro, casta que faz parte da sua trilogia ideal, juntamente com o Avesso. Os seus vinhos nascem nos três vales, dos três grandes rios que cobrem o Vinho Verde… e das três grandes castas do Minho. Este Muros Antigos Loureiro revela um perfil mais austero que o tradicional e esperado para a casta Loureiro, distanciando-se dos padrões por vezes excessivos da casta, revelando notas intensas de cânfora, tangerina e flor de laranjeira. Fresco, mineral, mais floral que frutado, é um Loureiro interessante e harmonioso. Preço: 5.25

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