Fugas - Vinhos

Vinhos de Portugal chegam à Barra da Tijuca

Por Alexandra Prado Coelho

O evento que une o PÚBLICO e o jornal O Globo divulga os vinhos portugueses este fim-de-semana no Rio de Janeiro. Num ano de crise no Brasil faz sentido apostar neste mercado?

O Vinhos de Portugal no Rio – iniciativa dos jornais PÚBLICO e O Globo em parceria com a ViniPortugal – está de volta pelo terceiro ano consecutivo. Sessenta e seis produtores de todas as regiões vinícolas do país estão já no Rio de Janeiro para os três dias de mercado de vinhos, provas, workshops e muitas conversas em torno do vinho – a partir de amanhã e até domingo.

Depois de no primeiro ano ter enchido o Palácio São Clemente, residência do cônsul de Portugal no Rio, e de no ano passado se ter instalado no belíssimo cenário do Jockey Club, este ano o evento muda-se para outra zona da cidade: o CasaShopping na Barra da Tijuca. O aumento do custo do aluguer do Jockey em ano de Jogos Olímpicos esteve na origem da decisão, mas, sublinham os organizadores, a mudança terá a vantagem de permitir chegar a novos públicos.  

“Nunca ficámos no mesmo lugar”, diz Simone Duarte, directora do PÚBLICO para a internacionalização, e “este ano vamos estar naquele que é o maiorshopping de decoração da América Latina e também um grande pólo de restauração”, na Barra da Tijuca, onde está o Parque Olímpico dos Jogos Rio 2016. A expectativa, segundo o director executivo de audiência do Globo, Maurício Lima, é de um público de cerca de dez mil pessoas - no ano passado nove mil pessoas estiveram no evento. As entradas para o Vinhos de Portugal no Rio podem ser compradas pela Internet até às 9h da manhã de sexta-feira, o dia da abertura, ou depois no local, sempre sujeitas à capacidade de lotação da sala.

O modelo é semelhante ao dos anos anteriores, com o mercado de vinhos a decorrer em dez sessões de duas horas abertas ao público (o preço de entrada é de 110 reais mais taxas) e uma destinada aos profissionais (amanhã entre as 10h e as 12h30). Volta também o “copo inteligente” que inclui um chip que permite depois receber as informações sobre os vinhos provados.

A par do mercado, decorrem durante os três dias provas, harmonizações (queijos e doces) e cursos (110 reais, com excepção das provas especiais, que custam 130 reais mais taxas) com críticos portugueses e brasileiros, além do Master of Wine brasileiro Dirceu Vianna Júnior – este ano, do lado português junta-se aos críticos do PÚBLICO Luís Lopes, director da Revista de Vinhos. Entre as provas mais procuradas estão as do Porto Clássico por Manuel Carvalho, Grandes Tintos, por Pedro Garcias, e Grandes produtores, safras históricas, na qual Dirceu Vianna Júnior vai comparar o mesmo vinho em diferentes anos de colheitas especiais.

Outra novidade que Simone Duarte destaca é o facto de este ano ter-se ampliado a venda de vinhos após os visitantes saírem do mercado. Na loja da Deli Delícia, um dos patrocinadores do evento desde o primeiro ano, estarão à venda muitos dos vinhos que os visitantes poderão provar no mercado. Os restaurantes do CasaShopping – que também é patrocinador – instauraram o sistema “rolha zero” que permite aos clientes consumirem no local uma garrafa levada por eles sem pagamento adicional.

O Vinhos de Portugal no Rio ganhou este ano novos parceiros: mais duas comissões vitivinícolas (Alentejo e Dão, que se juntam a Setúbal e ao Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto), a Universidade de Coimbra e, do lado brasileiro, o Senac, instituição ligada ao ensino profissional nas áreas de comércio, serviços e turismo e também patrocinador do evento. 

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