Fugas - Vinhos

  • Na Covela pode fazer uma prova de vinhos
    Na Covela pode fazer uma prova de vinhos DR
  • Os vinhos apresentados para experimentar este Verão
    Os vinhos apresentados para experimentar este Verão DR
  • No coração da quinta existe um casario onde fica a adega
    No coração da quinta existe um casario onde fica a adega DR
  • A vinha em anfiteatro ocupa 17 hectares da propriedade
    A vinha em anfiteatro ocupa 17 hectares da propriedade DR
  • Pormenor das colheitas já feitas pela Lima&Smith
    Pormenor das colheitas já feitas pela Lima&Smith DR
  • Há um miradouro no alto da quinta de onde se vê toda a propriedade e o Douro ao fundo
    Há um miradouro no alto da quinta de onde se vê toda a propriedade e o Douro ao fundo DR
  • Os interessados podem marcar uma refeição na quinta
    Os interessados podem marcar uma refeição na quinta DR
  • A Quinta de Covela tem ainda uma loja onde podem ser adquiridos vinhos
    A Quinta de Covela tem ainda uma loja onde podem ser adquiridos vinhos DR
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Há vinhos frescos para experimentar na Quinta de Covela

Por Bárbara Wong

O século XVI está nas ruínas da Casa de Covela onde se pode jantar e experimentar os vinhos da quinta que pertenceu a Manoel de Oliveira.

Na rota dos vinhos verdes, com o Douro a correr ao fundo, está a Quinta de Covela, em São Tomé de Covelas, Baião, que quer ser mais do que uma propriedade onde se produzem vinhos.

“Há males que vêm por bem” é um ditado que os sócios Tony Smith e Marcelo Lima, um ex-jornalista britânico e um empresário brasileiro, respectivamente, podem citar quando olham para o seu investimento naquela região. Aquela quinta, que outrora pertenceu à família do realizador Manoel de Oliveira, passou por outras mãos que não fizeram os melhores investimentos.

Três enormes modernas casas de linhas direitas revelam o enorme investimento feito pelos antigos donos da Covela. Vivendas com dois pisos, quatro suites, pátio, garagem e piscina, que nunca foram vendidas pelo preço expectável. Ao comprar os 49 hectares da Quinta de Covela, os dois sócios adquiriram também estas casas – uma para cada um e a terceira para receber convidados, de compradores de vinhos a grandes especialistas, passando por sommeliers e jornalistas. Tony Smith confessa que já pensaram em usar a casa para turismo, mas que não é um projecto prioritário.

Agora, os sócios estão apostados nos vinhos. A quinta já era conhecida pela sua produção de qualidade, com prémios ganhos no estrangeiro e, por isso, quando em 2011 a Lima&Smith, assim se chama a sociedade, comprou a Quinta de Covela, readmitiu todo o pessoal entretanto dispensado, conta Tony Smith. Uma das primeiras medidas foi dar salários iguais a homens e mulheres – elas ganhavam menos do que eles.

Assim que se passam os portões da quinta, vê-se do lado direito a antiga Casa de Covela, datada do século XVI, uma ruína de paredes fortes. Ao lado, a capela, da mesma altura.

De vez em quando, aparece uma seta informativa. As portas da quinta estão abertas e quem quiser pode visitá-la. Mas o ideal é marcar uma visita guiada em que, além das ruínas, do moinho ou do ribeiro, é possível fazer uma prova de vinhos, almoçar, jantar ou mesmo piquenicar. Os programas podem ser adaptados. Por exemplo, com o tempo quente pode ser feito um jantar nas ruínas da antiga casa. Smith conta que já houve jantares com música ao vivo.

Mas quem visita a Covela também “quer beber o silêncio”, acredita o proprietário. Por isso, pode fazer a visita sem guia e descobrir sítios bucólicos ou subir até ao topo onde está uma espécie de miradouro de onde se vê toda a propriedade como se fosse um anfiteatro que desce até ao rio. “As pessoas saem daqui muitos felizes”, certifica, acrescentando que a quinta tem espaços que “se descobrem românticos”, diz com o seu sotaque de português do Brasil. 

Ao longo do caminho que leva à antiga casa do caseiro – agora recuperada e que deu lugar a um pequeno núcleo de casas, entre elas a adega onde o vinho é engarrafado – há muitas árvores de frutos, dos limoeiros aos marmeleiros, das macieiras às cerejeiras, passando pelas pereiras. A vinha ocupa 17 hectares.

Os vinhos para o Verão

Em tempos, a Quinta de Covela foi agrícola e produzia milho – daí o moinho que se vê, junto ao ribeiro que corre pela propriedade. Hoje é uma quinta orgânica, orgulha-se Tony Smith que não é religioso, mas compreende por que o são as pessoas que vivem da agricultura.

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