Na família Symington, detentora das marcas Graham’s, Dow’s e Warre’s, entre outras, ainda não há um veredicto, mas o perfil conservador dos seus membros poderá pender em favor de 2016. “Os vinhos de 2016 são muito bons, mas vamos ver como saem deste Inverno”, diz Joe Álvares Ribeiro, administrador do grupo, garantindo que a decisão final será tomada “pelos cinco elementos da família na sala de provas, não na sala da administração”.
Por sua vez, os responsáveis da grupo Fladgate Partnership mantêm-se fiéis à tradição do grupo de só anunciar a decisão no dia 23 de Abril, dia de São Jorge. Pelo seu historial recente, não admiraria que a escolha recaísse em 2015. A Fladgate Partnership também furou o consenso quando, numa decisão histórica, declarou vintage em 2009 para as casas Taylor’s, Fonseca e Croft, já depois de ter feito o mesmo em 2000, 2003 e 2007. Mas, mesmo que seja essa a opção, é certo e seguro que o sector não viverá a mesma euforia que viveu com o 2011, o mais consensual e aplaudido vintage das últimas décadas. Será o melhor? Essa é uma resposta que ainda vai demorar a ser dada. O que a história do vinho do Porto nos tem ensinado é que há colheitas pouco promissoras que acabam por revelar-se extraordinárias — e vice-versa. Quem sabe se Dirk Niepoort não está a ser um visionário? Não seria a primeira vez.