Fugas - Vinhos

  • Sérgio Azenha
  • Sérgio Azenha
  • Sérgio Azenha
  • Sérgio Azenha

Continuação: página 2 de 3

Brindar com Primavera às manhãs soalheiras e aos dias mais longos e luminosos

Ao todo, uma área coberta de mais de 10 mil metros quadrados, que incluem as zonas de laboratório, administrativa e comercial e ainda as salas preparadas para provas e refeições. Para grupos a partir de dez visitantes e visitas aos sábados, é necessária marcação antecipada, por razões óbvias.

Num terreno anexo às instalações, a empresa tem uma pequena área de pinhal que prevê substituir por vinha, com fins sobretudo didácticos e pedagógicos para enriquecimento das visitas.

Apesar dos cerca de 2,5 milhões de litros de vinho produzidos anualmente, a empresa mantém uma estrutura accionista e gestão ligada aos herdeiros dos fundadores. As uvas provêem de viticultores da região, à volta de 150 na Bairrada e do no Dão, com os quais mantêm uma relação com mais de 20 anos.

A viticultura e as vindimas são acompanhadas de perto pelos técnicos da Primavera, o que lhes permite determinar datas de vindima e seleccionar lotes específicos. Exemplo disso é o lote de Touriga Nacional, da Bairrada, da colheita de 2015, que deverá sair para o mercado lá para final do ano.

A par dos vinhos e espumantes, também as aguardentes velhas têm uma longa tradição de qualidade na empresa, sobretudo os rótulos Áurea e Capuchinha. Produção muito especial, e antiga, é ainda a de vinho de missa, um licoroso feito a partir das castas Maria Gomes, Bical e Arinto, cujas cerca de 70 mil garrafas anuais dão o líquido para missas de todas as dioceses do país.

Se não é uma bênção, é a prova da longa tradição de vinhos produzidos pelas Caves Primavera ao longo de mais de 70 anos, que a empresa procura agora reforçar com vinhos brancos e tintos de perfil mais jovem e actual.

Espumantes de Baga já não chegam para as encomendas

A vontade de produzir um vinho de qualidade com base na casta Baga tem esbarrado, por enquanto, no sucesso que representam para as Caves Primavera os seus espumantes feitos exclusivamente com esta casta bairradina.

A empresa foi das pioneiras a lançar um Bruto de Braga e, mais recentemente, aderiu a nova categoria dos Baga Bairrada com um Extra Bruto de muito bom calibre. “A venda dos espumantes de Baga não pára de crescer e ainda não conseguimos responder à procura, pelo que as vendas têm sido racionadas”, explica José Roseiro.

Da colheita de 2016 estão em estágio 250 mil garrafas de Baga Bairrada, número que está longe de satisfazer as encomendas, tal como acontece com o Bruto de Baga. “No ano passado as vendas tiveram um aumento superior aos 20%, muito por culpa dos espumantes", assegura o gestor, que anuncia mais duas novidades a lançar lá para o final do ano.

Uma é o tinto de Touriga Nacional, colheita de 2015, que foi distinguido com a Grande Medalha de Ouro na prova anual da Confraria dos Enófilos da Bairrada. Está nesta altura a terminar o estágio nas barricas e deverá ser engarrafado até ao Verão, para que repouse em garrafa até ser lançado no mercado. Vai custar à volta de 11€ e promete ser a nova referência nos tintos Primavera, à semelhança dos Garrafeira dos anos passados 70 e 80, de muito boa memória.

--%>