Fugas - Vinhos

  • Sibila Lind
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O mercado do Brasil é chão que dá uvas

André Ribeirinho, responsável da Adegga, a empresa que montou a operação logística e a coordenação do evento, referiu que viajaram 500 garrafas em cada cidade só para as provas especiais e para as sessões de “Tomar um copo”. Para o Mercado de Vinhos viajaram outras 2500 garrafas para cada uma das cidades. Alguns produtores já têm importadores estabelecidos a trabalhar com eles, outros procuravam a oportunidade de encontrar alguns. No final do evento, Vitor Brígido saiu com “bastantes contactos” e ainda com maior vontade de incluir vinhos portugueses na sua lista. Adolar Léo Hermann, dono de uma importante garrafeira de São Paulo, a Decanter, e importador de alguns produtores nacionais, como Domingos Alves de Sousa, há já quase vinte anos, explica por que é que no mercado paulista os vinhos italianos têm tanto sucesso. “Vem de arrasto com a restauração. Quase 60% dos restaurantes em São Paulo são italianos. E nesses é difícil entrar vinho português. Era bom que tivesse um evento para as comidas como tem esse para as bebidas, que houvesse mais restauração portuguesa. Porque o brasileiro gosta do que é português”, insiste.

Roderlei Magalhaes confirma. Saiu de Curitiba para São Paulo há oito meses, e está a tentar tirar tudo quanto é curso de vinho, já visitou adegas na Argentina e no Chile. A próxima viagem está marcada para Portugal. Ele a mulher, Catia Macohim, têm viagem marcada para Portugal ainda este ano, onde tencionam passar vários meses para visitar adegas e quintas. A intenção é vender tudo no Brasil e mudarem-se para cá.

Esta reportagem termina como começou, com o genuíno interesse dos brasileiros no vinho português, que vai para além do consumo e entra nas questões de investimento. Definitivamente, o mercado do Brasil é chão que dá uvas em Portugal.

 

 

 

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