É tudo à grande, neste Tróia Design Hotel, onde se leva muito a sério a ideia de que o espaço é luxo. As próprias varandas internas que dão para quartos são tão largas que um automóvel citadino podia circular por aqui, se coubesse num dos elevadores panorâmicos. E o mais modesto dos quartos (o Delux Studio) é uma suite com 63 a 75 metros quadrados, com varanda e vista de mar. O hotel tem 60 quartos, tipo Delux Studio e Premium Suite (com sala de estar) e 144 apartamentos residenciais (Grand Suite, T3 que pode chegar aos 296 metros quadrados, e Master Suite, T2 com 162 a 227 metros quadrados), com cozinha, e, nalguns casos, jacuzzi na varanda. Os apartamentos estão à venda e os proprietários podem cedê-los à exploração pelo hotel, dividindo as receitas, e com a vantagem de não pagarem nem Imposto Municipal sobre Imóveis nem condomínio. Como já se advinha pela localização, todos os quartos são luminosos, com vistas fantásticas de mar ou rio. Alguns têm banheira e lavatório no meio do quarto, numa subdivisão com paredes de vidro, para que o hóspede nunca se prive da vista.
Grande, em todos os sentidos, é também o pequeno-almoço buffet que se toma no Brasserie Salinas, um dos três restaurantes do hotel. Há ainda o Blue e Green e o Paprika, junto à piscina que fica na cobertura do casino, recortada num longo deck de madeira ondulado nas pontas. O hotel dispõe ainda de dois bares, de lounge, de ginásio e de um spa com 1200 metros quadrados, onde se fazem mais de 70 tratamentos e rituais nas suas 15 salas.
Mas também há aspectos a rever, neste Tróia Design Hotel. É difícil de compreender que num hotel de cinco estrelas seja possível chegar à recepção e não encontrar ninguém durante vários minutos, nem no balcão nem nas mesinhas do lobby onde se faz um atendimento mais personalizado. No restaurante Blue e Green, a Fugas ouviu vários clientes protestarem, com razão, pela demora no serviço. E, no momento do check-out, o repórter da Fugas foi confrontado com uma conta do bar... onde não consumiu rigorosamente nada. São sinais de desorganização que impressionam mal e que destoam da qualidade do espaço e da simpatia do pessoal.
Como ir
Se partir do Algarve ou do Alentejo, tome a A2 e, em Grândola ou Alcácer do Sal, saia da auto-estrada seguindo as placas em direcção a Tróia. Se partir de Lisboa ou de mais a norte, a melhor solução é mesmo rumar a Setúbal e aí apanhar o ferry boat, para evitar uma volta penosa de quase 50 quilómetros por estradas secundárias. Os horários do ferry de Setúbal estão disponíveis em http://www.atlanticferries.pt. Atenção que nem todos os ferries transportam automóveis. Um casal de adultos em automóvel paga 11,5 euros.
O que fazer
O Tróia Design Hotel é um convite à preguiça, mas tem à sua volta muitos pretextos para sair em passeio e quebrar a rotina da praia-piscina. A serra da Arrábida é incontornável, assim como os chocos fritos e o peixe grelhado em que Setúbal continua a dar cartas. As conhecidas herdades produtoras de vinho da zona também estão abertas aos turistas. As visitas à comunidade de golfinhos do estuário do Sado ou ao zoo do Badoca Safari Park, em Santo André, são outros programas que encantam miúdos e graúdos. Ainda na península de Tróia, há uma estação arqueológica com ruínas romanas que pode ser visitada nalguns sábados, às 15h00, mediante marcação prévia. E, poucos quilómetros mais a sul, ainda na península ou já no litoral alentejano, é possível encontrar algumas praias quase desertas, mesmo no Verão.
- Nome
- Tróia Design Hotel
- Local
- Grândola, Carvalhal, Marina de Tróia
- Telefone
- 265498000
- Website
- http://www.troiadesignhotel.com
