Fugas - hotéis

  • Casa do Paço de Mato
    Casa do Paço de Mato DR
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  • Casa da Matilde
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Nesta aldeia sossega-se em casas com nomes

Os hóspedes são recebidos num clima de tranquilidade. Percebe-se que, ali, a mente tem condições sossegar e o corpo repousar. A piscina que será instalada ao ar livre está encomendada e há-de chegar dentro de poucos dias. 

Chave na mão, é hora do descanso. “O nosso conceito passa por preservar a privacidade de quem cá chega”, diz-nos Isabel Fonseca. Todas as casas têm cozinha, não há restaurante na aldeia — mas a poucos minutos fica o recomendado Restaurante Porto Novo, com gastronomia da região, e estamos a falar de vitela da serra no forno e outras carnes caseiras tratadas como só as gentes da aldeia o sabem fazer. Isabel não esquece os mimos de um pequeno-almoço preparado previamente para que não haja a pressão das horas. De qualquer forma, há um projecto municipal para o Trebilhadouro que contempla um espaço de restauração e um local para venda de produtos artesanais da região.

Há mais casas no Trebilhadouro. A casa Derminda, um T2, que é também tratada como a casa de Paço de Mato, localidade a cinco quilómetros da serra da Freita, de onde eram os proprietários que ali viveram. É um T2 com suite no piso de cima, mais um quarto com duas camas individuais e casa de banho. A sala e cozinha ficam no piso térreo. A casa da Matilde tem um quarto no piso de cima e uma casa de banho, mais uma sala e cozinha no piso de baixo com chão coberto com tapetes. E a casa do Custódio também tem dois pisos ligados por uma escada de madeira. Em cima está a sala, a cozinha e casa de banho, em baixo o quarto de dormir. Todas as casas estão rodeadas de natureza por todos os lados. Depressa o corpo se habitua à preguiça por aqueles lados. Mas se a ideia é aventura, há parcerias em marcha para proporcionar aos hóspedes outras experiências, alguns desportos mais radicais, passeios por circuitos pedestres. Afinal, a serra da Freita está ali à mão de semear, a meia hora a pé. 

Música a gerador

Trebilhadouro tem história. Reza a lenda que ali foram encontradas três bilhas de ouro e essa descoberta, na linguagem popular, viria a dar origem ao topónimo Trebilhadouro. Hoje, percebemos nós, esse ouro é um silêncio que recompõe a alma em três tempos e ares frescos que chegam da serra da Freita. No caminho para a aldeia, na subida até entrar no Trebilhadouro que tem mais casas de pedra recuperadas mas ainda não habitadas, as gentes daquelas bandas fazem a sua vida. Guiam os bois pelas estradas depois de mais um dia de trabalho e alguns campos preparam-se para os tempos das colheitas. 

Conhecemos o Trebilhadouro de outras andanças. Conhecemos esta aldeia em 2001 quando o Trebilhadouro – Festival de Artes e Culturas nasceu por entre silvas, caminhos de terra, casas sem brilho numa aldeia desabitada. À luz de um gerador, muita coisa aconteceu no topo daquela aldeia sôfrega por uma outra vida. Vimos peças de teatro, concertos ao ar livre, passámos os olhos a programas com oficinas de expressão dramática, artes circenses, poesia, literatura, artesanato, jogos populares, gastronomia regional. Os encantos daquela aldeia começavam a ser desvendados por quem chegava de mochilas às costas para acampar à entrada do Trebilhadouro. Ali aconteceu tanta coisa — a Rasgo, cooperativa da terra, acabaria por entrar no projecto e tratar da internacionalização do festival alternativo que no meio de tanta arte discutia a preservação do património. Ficou conhecido como Festival Internacional de Artes e Culturas. Voltámos lá várias vezes e assistimos às mudanças, já havia floreiras em algumas janelas, a pedra rústica das casas começava a ganhar outra aparência, o ar puro sempre encheu os nossos pulmões. E mesmo quando faltava o gasóleo para o gerador, a música e a dança não paravam pelas noites dentro. 

Nome
Traços d’Outrora
Local
Vale de Cambra, São Pedro de Castelões, Aldeia do Trebilhadouro
Telefone
918795674
Website
http://tracosdoutrora.com/
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