Continuamos atrás de Mariana, na visita guiada. Ao fundo do corredor, uma pérola. O quarto exclusivo para as luas-de-mel, onde a cama tem dossel como nos filmes de época. E a banheira, em ferro, colocada no centro da casa de banho com vista para o jardim, faz-nos inveja. Tudo parece copiado de um romance de séculos passados.
No primeiro andar fica também a grande sala-de-estar, com televisão, mesa de snooker (que afinal não usámos porque adormecemos no sofá, à noite) e uma lareira XXL. Foi aqui que começou o incêndio que em 2000 destruiu todo o piso superior e uma parte do rés-do-chão. Os donos deitaram mãos à obra e um ano depois tinham recuperado todo o edifício. O fogo não chegou aos apartamentos mais pequenos, ao lado. Cada um tem o nome das filhas e das netas do casal Sarmento: Matilde (com capacidade para quatro pessoas e jardim privado), Leonor (para duas pessoas, com mezzanino onde podem dormir duas crianças), Teresinha (para duas pessoas) e Cristina (para seis pessoas). Aqui não é servido o pequeno-almoço, mas são fornecidos os mesmos produtos que compõem a refeição servida na casa grande.
Domingo de manhã, o despertador toca às 8h30. Mariana tinha avisado que o pequeno-almoço, servido na sala do rés-do-chão, só esperava por nós até às 10h e não queríamos correr riscos. Descemos as escadas de madeira e à nossa espera, na mesa oval, estava já o sumo de laranja natural, os doces caseiros de fruta do pomar, pão, fruta fresca, queijo e fiambre, bolo inglês e outros bolinhos que deixam água na boca. Provamos de tudo aquilo a que temos direito e ficamos até ao fim. A empregada, que entra de rompante na sala, pergunta se já terminámos...mas em inglês. Força do hábito: a maioria dos hóspedes vem dos países do Norte da Europa.
A sala do pequeno-almoço dá acesso ao alpendre, fresco e sossegado, ideal para passar umas horas a ler um livro ou mesmo a meter conversa com os restantes hóspedes da casa - há um grupo que chegou dos Estados Unidos e um casal que veio de carro da Bélgica até aqui. Também eles garantem que encontraram o local ideal para descansar.
Como ir
A Casa d"Óbidos fica a cerca de 90 km de Lisboa. Quem vem da capital, pode apanhar a A8 e, na saída 15, seguir em direcção a Óbidos. Quem vem do Norte, deve seguir pela A1 até à saída para a A8/Lisboa/Leiria/Marinha Grande e seguir pela A8, até chegar a Óbidos. Na primeira rotunda à entrada da vila, que dá acesso ao castelo, deve virar à direita e a partir daí é só seguir as placas que indicam a Casa d"Óbidos.
Preços
Na Casa Principal, o alojamento inclui pequeno-almoço e custa 75 euros (quarto single) e 90 euros (quarto duplo). Cada cama extra fica por 23 euros. Há ainda quatro apartamentos: Casa Cristina (175 euros por noite), Casa Matilde (140 euros), Casa Leonor (90 euros) e Casa Teresinha (90 euros). Nas Casas Cristina e Matilde, a estadia mínima é de uma semana nos meses de Julho e Agosto. O preço de alojamento nos apartamentos não inclui pequeno-almoço, mas são fornecidos ingredientes.
O que fazer
- Nome
- Casa d'Óbidos
- Local
- Óbidos, Óbidos, Quinta de S. José
- Telefone
- 262950924
- Website
- http://www.casadobidos.com