Fugas - hotéis

Continuação: página 2 de 3

Há mais cinco estrelas no Bairro Alto. Mercy!

Quando por lá passámos, a decoração do átrio era feita com trabalhos de vários estilistas portugueses que vestiram os manequins-anfitriões de forma natalícia. Mas a cada temporada a decoração será mudada, portanto o átrio terá sempre alma nova, que pode ser dada até por outras artes, da pintura à escultura, sempre com assinatura de criadores portugueses. Isto porque a portugalidade é um dos conceitos-chave do Mercy.

Começa neste uso e promoção dos criadores, passa pelos tais quartos dedicados a escritores (além de Sophia, também Agustina, Torga, Camões ou Garrett são homenageados) e sente-se nos materiais nobres utilizados por todo o lado com uma aposta, "sempre que possível", em "produção 100% portuguesa". "Tentamos enaltecer o que é português, abrir a cultura portuguesa aos clientes, que são maioritariamente estrangeiros", diz-nos Teresa Fernandes.

No geral, garante a directora, é um hotel "contemporâneo mas quente", "clean mas com uma certa envolvência", onde o "conforto e atendimento personalizado são palavras-chave". Bons exemplos? Não há cliente que não tenha "tratamento VIP à chegada". "Há sempre uma fruta ou um doce conforme a temporada", diz-nos, lembrando que, "no Natal, foram convidados todos os clientes para um bolo-rei".

Entre seis tipologias (e devidos preços) diferentes, há particularidades no alojamento, não tão comuns hoje em dia: há quartos para fumadores e a Internet sem fios é gratuita (aqui uma adenda para sublinhar que há muitos hotéis de luxo que cobram e bem por este "luxo"...).

Todos os quartos, conforme a sua categoria, têm um espacinho de sala, um LCD de boas dimensões, além de máquinas Nespresso ou o obrigatório minibar. E bem pode não haver spa ou ginásio - não faz parte do conceito e o espaço também não chegava -, mas é pedir uma massagem no quarto e fica compensada tal ausência. Quem for fã da clássica banheira, pode optar pelos quartos Prestige, alojamentos premium no 5.º piso.

Ou então seguir para o derradeiro luxo, as tais suites no topo, onde os terraços são minijardins com cipestres, as camas apresentam-se num gigante king size, os roupeiros são closets e a música é servida por estação iPod personalizada. Os nomes das suites são, já de si, toda uma promessa: Moon River e Stars on the Sky.

E a propósito de estrelas, como se quer impor o jovem Mercy, um investimento de cerca de 11 milhões de euros, face às cinco estrelas clássicas do rei da zona, o mui prendado Bairro Alto Hotel? Teresa Fernandes enaltece o trabalho feito pelo "concorrente", em "voltar a dar vida ao Bairro Alto em termos de hotelaria" mas defende a "complementaridade": "Pode até haver entre-ajuda. Temos conceitos e estilos diferentes. Nós oferecemos quartos contemporâneos, eles têm quartos Belle Époque... Há espaço para ambos."

Mesmo em tempos sob o signo da palavra crise, ou não haverá crise no mercado do luxo? "Existe, existe", diz-nos a directora. "Mas Lisboa está cada vez com maior visibilidade e os cinco estrelas lusos têm preços muito convidativos para a maioria dos mercados externos." A crise condiciona tudo, portanto, sublinha, o que há a fazer "é trabalhar muito, nada cai do céu".

Nome
Hotel Mercy
Local
Lisboa, Mercês,
Telefone
212481480
Website
www.mercyhotel.com
--%>