Fugas - hotéis

  • Do quarto à praia são dois passos. Em frente ao resort, uma linha de 9km de praia dourada
    Do quarto à praia são dois passos. Em frente ao resort, uma linha de 9km de praia dourada
  • Colombos
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    Colombos DR
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  • Ao lado, o Pestana Porto Santo
    Ao lado, o Pestana Porto Santo
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    Ao lado, o Pestana Porto Santo
  • Porto Santo, uma linha de 9km de praia dourada
    Porto Santo, uma linha de 9km de praia dourada

Dormir no ovo de Colombo com todos os sonhos incluídos

Por Luís J. Santos ,

É um resort de sonhos: dos que caíram por terra e dos que se reergueram frente ao mar. O Colombos é o novo luxo Pestana em Porto Santo, interligado com o hotel que o grupo já possuía ao lado. É como dois hotéis num só resort e em regime tudo incluído. Das muitas piscinas, restaurantes e serviços à praia tamanho-mundo venha o prazer e escolha...
A passadeira vermelha de Porto Santo é dourada. São os seus 9km de praia, linha contínua de areias finas protegidas por grandes dunas e rematadas por um mar temperado por águas calmas e cristalinas. Deitados na areia, os olhos vão de ponta a ponta admirando a amplidão ao sabor de uma brisa algo mais forte (mas ainda assim, morna) do que a que por aqui é lei. Desta posição preguiçosa, o que os olhos não vêem é o nosso quarto. Nem, aliás, nada do luxo do novíssimo hotel que aqui nos traz, o Colombos Premium Club, obra monumental - cujo projecto global dava um filme, mas já lá vamos - que, baptizado com o nome do navegador cuja passagem por Porto Santo nunca é esquecida, se prolonga em construção baixa frente ao mar, atrás do extraordinário cordão dunar.
 
Este Colombos, inaugurado este mês, é um remate premium e com "tudo incluído" de outro hotel que vive no mesmo regime e fica a dois passos, o Pestana Porto Santo. Com ambas as unidades a serem geridas pelo maior grupo hoteleiro português, é fácil de adivinhar que este "é um só resort mas com dois hotéis", como nos resume o director, João Martins. Entre fugas à magnética praia, havemos de passar a estada entre os dois portais e a sua miríade de atracções: um salto a uma das muitas piscinas ou mais uma ida aos snacks disponíveis todo o dia?, mais um cocktail ou espera-se para provar um dos vários restaurantes (e, aqui, italiano ou o infinito serviço bufett ou vamos para o peixe grelhado do Madeirense ou...), uma escapada ao spa ou batemos umas bolas num dos campos desportivos?...
 
É o maravilhoso mundo do tudo incluído em que, deixadas as preocupações do orçamento pré-reserva, as propostas se abrem como um puzzle quase infinito. Mas esse quebra-cabeças só o iremos destrinçar daqui a pouco. Para já, a única preocupação é como reerguer o corpo destas calorosas areias e caminhar a meia dúzia de passos que nos levarão pela ponte de madeira que separa a praia e as dunas até à descoberta do Colombos que nos protege.
 

O "milagre" de Colombos
 
Em 2008, o grupo Pestana abria o seu resort em Porto Santo, frente à praia, marcado por linhas de vilas e rodeado por um jardim tropical de 30.000 m2 e por onde se serpenteia entre inúmeros espaços de lazer e serviços ou piscinas que incluem "canteiros" de flores nas águas. Aqui, os turistas (grande parte deles britânicos e portugueses) passam o tempo a usufruir do regime tudo incluído, o único disponível. São 328 alojamentos de tipologias várias que, quando por aqui passámos, estavam praticamente todos ocupados, criando o ambiente de uma verdadeira cidade turística.
 
Ao lado deste Pestana, andou-se anos a construir um projecto de verdadeiras dimensões megalómanas: seria um centro turístico em versão quase Las Vegas by the beach, ao longo de 150 mil metros quadrados, que chegaria a 1500 unidades de alojamento, incluiria casino ou spa e centro de congressos tamanho gigante. Depois de anos de construção e impasses, a construção parou em 2009 deixando esqueletos de betão frente ao mar, milhões de prejuízos, a insolvência do promotor (Sociedade Imobiliária e Turística do Campo de Baixo, do grupo Siram). Uma mancha na paisagem e no turismo. Dos bancos credores, a bola passaria recentemente para um fundo de risco da ECS Capital que recorreu a uma solução à ovo de Colombo e chegou a acordo com o grupo Pestana, que assim assumiu exclusivamente a gestão hoteleira (de parte imobiliária do antigo projecto) durante os próximos cinco anos.
 
É a nova vida deste Colombos que se celebra e que o próprio presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, apelidaria de "milagre" na cerimónia de inauguração do empreendimento. E é assim que, localizado mesmo ao lado do veterano Pestana Porto Santo, se estreia este Pestana Colombos Premium Club, mais selecto e minimal que o "irmão" mais velho, mais reservado (também mais caro, "em média, mais 15%", segundo João Martins) mas, hélas, que dá direito aos hóspedes a utilizar tudo o que existe em ambos os espaços.
 
O factor uau!
 
À chegada, ainda arrastando as malas, o Colombos, erigido em edifícios de baixa estatura e que assumem o tom amarelado das areias que o acolhem, impressiona pela largueza das suas áreas. Talvez o seu arquitecto, o catalão Ricardo Bofill, cujo atelier assina centenas de obras de impacto em todo o mundo, incluindo em Portugal o Atrium Saldanha ou o Funchal Centrum, se tenha inspirado na vastidão da praia e cordão dunar. São como umas dunas de linhas rectilíneas que se elevam, faraónicas.
 
Logo na recepção, no edifício principal, a sala lounge assume dimensões aeroportuárias, incluindo jardins de pedras e cactos ou salas de leituras e de jogos no piso superior. Para onde quer que se olhe, as áreas são muito generosas. "No pátio exterior" - um epicentro marcado por jardins de velhas oliveiras e ladeado por escadarias hollywoodescas -, "poderiam estar umas 500 pessoas e diríamos que estava composto", exemplifica João Martins.
 
O nosso quarto também tem um santo tamanho. O primeiro uau! deste hóspede não é para a praia, nem para o lounge, nem para o pátio. Confissão: abre-se a porta do quarto, os olhos seguem para a porta de vidro e varanda e até aos montes e nesga de mar, percorrem a imensa cama, admiram os tons neutros sem sobras de kitsches e... param na banheira oval, branquinha, que ocupa o quase centro do quarto, rodeada de cortinas translúcidas (eis o uau!). Pelo espaço, ainda um quarto de duche com direito a banco na parede, outro sanitário, secretária e os habituais equipamentos mas em versão topo-de-gama.
 
Neste resort que se quer tão luxuoso quanto familiar - não há por aqui vestígios de grupos em movida alcoólica nem registo disco, até porque não há atracções para tal -, a grande divisão identitária dos dois hotéis é precisamente no conceito de família: enquanto o mais antigo prima pelos casais com filhos e grupos familiares em ambiente festivo, o Colombos, pela sua sobriedade e maior intimidade (são 100 quartos, incluindo quatro suítes, entre, respectivamente, os 44m2 e 111m2 - em 2014, já estarão também disponíveis 74 apartamentos e 10 moradias com piscina privativa), prima pelos casais em ambiente que pode ser mais romântico.
 
No Colombos em si, havemos de passar o tempo entre sonos e entre o restaurante de serviço bufett - com direito a showcooking e uma cozinha imaculada com dezenas e dezenas de propostas -, o bar calminho para os aperitivos e digestivos, o espaço de snacks e gelados aberto todo o santo dia, a piscina interior e bela piscina exterior que contorna a fronteira com as dunas e é sublinhada por um bar pronto para todo o serviço. De pulseirinha sine qua non no pulso, é um fartar de aproveitar tudo o que um "todo incluído" oferece. "É um descanso, não é?", sorri o director João Martins.
 
Mas este ovo de Colombo tem essa tal mais-valia que lhe faz duplicar a gema e a clara: é que ao lado, temos o outro resort e também podemos usar absolutamente tudo. E, a caminho, por um acesso pedonal de meia dúzia de metros, é apreciar a cozinha gourmet e à la carte do restaurante Madeirense (do bolo do caco à vitrine com peixe do dia para grelha, é escolher), seguir para o spa ou ginásio, deixar os miúdos, a havê-los, todo o dia à guarda e animação do parque e clube que lhes é reservado, dar umas braçadas numa das várias piscinas ou ficar pelo jacuzzi.
 
Depois, entre águas salgadas e doces, é tomar um copo num dos muitos bares (ou mesmo no que se alonga em terraço sobre a praia), experimentar o italiano Luigi (o risotto com tinta de choco cai muito bem após um mergulho) ou terminar a noite no Sunset, bar para onde todos se encaminham a fechar a noite e que inclui música ao vivo, alguma dança e demais espectáculo. Há mais a descobrir e para a próxima temporada (o complexo abre apenas de Maio a Outubro) sabe-se já que haverá novos restaurantes: um mediterrânico gourmet e outro marroquino.
 

Preguiça incluída
 
A meio de uma tarde quente, vamos passeando pelo resort e o espaço é como um imenso solário, com centenas de turistas em posição quase única: a da espreguiçadeira (seja na piscina, nas dunas ou na praia). Não seria difícil convencer-nos a passar aqui uma semana como lagartos (ou lagostas, que os britânicos têm uma certa tendência para avermelhar o ambiente), sem sair do mesmo sítio. Mas será que os turistas saem? Alguns, pelo menos, sim. O que é fácil de descobrir: é olhar para a pulseirinha no pulso...
 
A ilha é um manancial de atracções naturais e seria um desperdício não lutar contra a preguiça "toda incluída". É pelo menos isso que dizemos também a nós próprios enquanto o braço sobe no ar para cobrir aquele raio de sol e ganharmos forças para pedir o cocktail...
 
 
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Informações
 
Pestana Colombos Premium Club *****
Estrada Regional 120, Sitio do Campo de Baixo
9400-242 Porto Santo - Madeira
Tel.: 291144050
www.pestana.com
Em 2012, está aberto até ao Outono. Em 2013: temporada de Maio a Outubro. Os preços promocionais apresentados online começam em 170€ por noite (quarto duplo, casal, há suplementos para crianças) em reservas antecipadas (desconto depende do número de dias anterior à chegada). O preço por noite depende da época (alta: 22 de Julho/25 de Agosto). O sistema tudo incluído permite o acesso a restaurantes (bufett e à carta), piscinas e espreguiçadeiras, bares de bebidas e snacks, acesso gratuito a Internet, spa e ginásio, campos desportivos, clubes para crianças e adolescentes, salas de jogos ou leitura e Internet, serviço de transporte para Vila Baleira ou várias actividades ao longo dos dias.
 
Como ir
A TAP tem cinco voos por semana (até Setembro), sendo os voos directos via Lisboa. Preços promocionais a partir de 75€ a ida (com taxas) - o valor por voo, conforme os dias, pode chegar a cerca do dobro. Outra opção será voar via Funchal (um voo de pouco mais de 10 minutos, pela SATA, faz a ligação ao Porto Santo). Também há ferry (www.portosantoline.pt) entre as duas ilhas
 
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A Fugas viajou a convite do grupo Pestana e da TAP 
Nome
Pestana Colombos Premium Club
Local
Porto Santo, Porto Santo, Estrada Regional 120
Telefone
291144050
Website
http://www.pestana.com/
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