Fugas - hotéis

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Um pé no monte e dois no Alentejo

Mas se é certo que pode encontrar brinquedos em lugares improváveis, como se estivesse em casa, também pode encontrar recantos de conforto, decorados com almofadas de lona às riscas. Velas, lamparinas, iluminação à noite na dose certa. As cores combinam com o Alentejo, do branco ao azul, a casa teve que ser feita de raiz, mas respeitou a antiga que lá estava. As mesas são brancas e as cadeiras são turquesa.

Os alpendres despretensiosos tapam o sol com a simplicidade das canas. Mas as janelas de quase toda a casa são gigantes. Rasgadas para o nada do Alentejo. Só campo. Sem vistas para o mar, sem casas no horizonte. Sem nada. Ou melhor, com sons. Chocalhos e balidos das ovelhas e várias mãos cheias de grilos à noite.

É esse desafio de silêncio que pode quebrar a qualquer momento com um simples chá no quarto ou uma fatia de bolo caseiro. O tilintar de uma chávena de café, uma fruta fresca ou uma água na sala de pequenos-almoços, que está sempre aberta.

A dona Emília, que prepara isto tudo com a simpatia tradicional do Norte, deve andar por perto se precisar de alguma coisa. Ao lado, tem uma ludoteca e uma biblioteca. É provável que encontre livros de viagens e romances portugueses. Jogos para os mais pequenos. Se tiver frio, desça as escadas. A lareira está à espera do Outono para estrear a sala grande com acesso directo aos seis quartos, no piso de baixo.

A Fugas teve direito a dormir uma noite na única suite. Voltamos à janela, que é o ex-líbris comum a todos os quartos, que, na verdade, não divergem muito. A suite tem como extra uma banheira de hidromassagem perto da cama. Num recanto, ao lado, uma clarabóia para namorar a ver as estrelas. Acenda as velas e aceite o conselho: deixe-se simplesmente ficar.

Mas se quiser mesmo quebrar esse estado de ócio de não ter que fazer obrigatoriamente nada, se o ritmo das crianças à solta se tornar maçador e a sombra dos sobreiros se revelar inquietante, aventure-se num passeio de jipe pelas paisagens da costa alentejana. O Pé no Monte dispõe de dois UMM, o único jipe português. Dê um mergulho no mar, se for tempo disso. Em alternativa, descubra a barragem de Santa Clara ali ao lado, ande a cavalo ou prepare um piquenique com o auxílio da cozinha da casa.

No que toca à cozinha, o pequeno-almoço, que pode tomar na sala ou num terraço abrigado pelo alpendre, é uma viagem pelos sabores da região. E não só. É provável que não precise de almoçar depois de um sumo das melancias que crescem à sua frente, acompanhado de uma taça de framboesas, cereais, iogurtes, vários tipos de pão, frutas tropicais, marmelada e compotas caseiras, queijos e enchidos regionais, leite, café… e certamente uma barriga cheia!

À saída, é importante que ganhe espaço no carro… Prepara-se para vir com uma melancia aos pés oferecida pela simpatia do Gonçalo.

A Fugas esteve alojada a convite do Pé no Monte

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Como ir
A partir de Lisboa, entre na A2 em direcção ao Algarve/Sul e saia para Sines/Grândola. Siga pelo IP8/IC33 em direcção a Sines. Um pouco antes de chegar a Sines, saia na saída para Odemira (N120). Siga depois a direcção Porto Covo e Vila Nova de Milfontes, mas não entre na vila (siga em frente na rotunda, para Sul). Continuando na N120, vire à direita para a Zambujeira do Mar e uns 10Km depois à esquerda para São Teotónio. Em São Teotónio, vire à esquerda em direcção a Saboia/Barragem de Santa Clara (está a menos de 3Km do Pé no Monte). Quinhentos metros depois de Quintas, não vire à esquerda para Saboia/Santa Clara. Siga em frente em direcção à Relva Grande e passados 300m vire à direita num caminho de terra batida, junto à placa do Pé no Monte, após um sinal de trânsito com um veado.

Nome
Pé no Monte
Local
Odemira, São Teotónio, Monte Novo da Cruz
Telefone
916624452
Website
http://www.penomonte.com/
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