A Lapa é todo um programa
Mas voltemos ao presente. Foi a primeira vez que nos hospedámos num hotel antes mesmo de ele abrir as portas. Não tivemos a sorte de ficar numa das suítes mas não temos queixas, longe disso. O quarto standard na parte do palacete que rodeia a piscina e onde ficavam os antigos laboratórios escolares é pequeno mas tem tudo o que precisamos. O frigorífico desligado, a luz que não acendia ou a TV por cabo que ainda não funcionava transformaram-se em detalhes sem importância por estarmos todos transformados em testemunhas da corrida contra o relógio para a estreia. Pela manhã não havia relva, ainda se ouvia o ruído das obras e lá fora os homens a trabalhar a repor a calçada portuguesa. À noite estava tudo no sítio. Só não conseguimos ir ao spa, que ainda não tinha sido inaugurado.
Ainda corremos para ver a cor do mar mas o que vale mesmo é aproveitar para mergulhar neste outro lado do Rio: os Arcos da Lapa, os acessos ao bairro de Santa Teresa, a sala de concertos Cecília Meireles, o Teatro Municipal e a Biblioteca Nacional (estes dois estão a dez, quinze minutos a pé). Para almoçar sugerimos o sempre lotado Aconchego Carioca — o bar-restaurante da chef Kátia Barbosa, autora do petisco mais cobiçado da cidade, o bolinho de feijoada. O chef francês Claude Troigros é fã. O Aconchego tem uma variedade extensa de cervejas e caipirinhas que também não ficam para trás. Fica na Praça da Bandeira, não muito longe da Lapa se formos de táxi e se quisermos explorar a zona norte. É aconselhável fazer reserva.
À noite, o programa é mesmo a Lapa. As ruas do bairro, que se tornaram desde há alguns anos na referência para quem é noctívago, estão aos nossos pés. Entre a rua Riachuelo, a Av. Mem de Sá e a rua do Lavradio não há como não se perder numa das dezenas de sobrados convertidos em bares ou gafieiras durante a noite e antiquários durante o dia. É só atravessar a rua para dançar no Lapa 40 Graus, a gafieira do dançarino Carlinhos de Jesus. Nós preferimos andar mais cinco minutos para dançar ao ritmo do samba no Carioca da Gema. Há também o Rio Scenarium, que já se tornou paragem obrigatória para estrangeiros e cariocas. Já no fim da noite, movidos a samba, petiscos e caipirinhas, dá até para voltar a uma frase menos enigmática de Machado de Assis: “ A vida é boa”.
A Fugas viajou a convite do Vila Galé e da TAP
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Preços: de 430 reais (142 euros) a 954 reais (310 euros) + 10% de taxa de serviço + 5% ISS.
Como ir
A TAP tem voos directos e diários para o Rio de Janeiro ida e volta a partir de 812 euros.
- Nome
- Hotel Vila Galé Rio de Janeiro
- Local
- Estrangeiro, Brasil, Rua Riachuelo, 124 (Lapa, Centro, Rio de Janeiro)
- Telefone
- (55) 21 2460-4500
- Website
- http://www.vilagale.com/pt/hoteis/brasil/vila-gale-rio-de-janeiro/