Fugas - hotéis

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Um hotel escavado nos socalcos do Douro

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Preços
O valor para duas pessoas em quarto duplo em regime de pequeno-almoço começa nos 90 euros na época mais baixa. Todos os quartos têm vista rio, mas a tipologia “duplo familiar”, a partir dos 117 euros, é a mais indicada para quem viaja com crianças, pelo espaço extra que proporciona. As crianças com menos de 12 anos são convidadas do hotel, desde que fiquem no quarto dos pais. No quarto duplo só é permitida uma criança.

Como ir
O Vila Galé Douro fica a cerca de 1h30 do Porto. A melhor opção é apanhar a A4 em direcção a Vila Real e aqui entrar na A24 em direcção a Viseu — sair para a Régua. Vindo de Lisboa, a viagem demora menos de 3h30. A opção mais rápida é seguir pela A1 até Coimbra, onde deve continuar pelo IP3 em direcção a Viseu e, depois, pela A24 em direcção à Régua e a Tabuaço, fazendo o percurso final pela N312 e pela N222.

O que fazer
No caminho até ao hotel, nas varandas do edifício e mesmo quando se espreita pelas janelas do quarto o rio Douro persegue-nos. Torna-se praticamente impossível não querer marcar a estadia nesta região sem experimentar pelo menos um passeio de barco pelas águas deste Património da Humanidade e ganhar, assim, um outro prisma sobre as margens, quintas, vinhedos e socalcos que nos rodeiam. Por comodidade, optámos por fazer o mais próximo e atravessámos a ponte para subir o Douro desde o Cais da Régua até ao Pinhão.

O percurso de mais de duas horas e meia é repleto de tranquilidade, embalado pelo barulho do vento suave e pela ligeireza com que o barco corta a água. Só as outras embarcações que se cruzam connosco — com os mais pequenos a trocarem saudações mais efusivas — nos acordam das histórias que vamos montando na nossa cabeça a cada quinta ou vinha que passamos. Há muitos edifícios em ruínas que fazem pensar em que momento deixou aquele local de funcionar, mas muitos outros renovados ou recuperados mostram que o Douro está a renascer.

O passeio é feito no Memórias do Douro, uma réplica dos barcos rabelos, um convite às memórias da região, numa evocação ajudada pelas músicas de fado escolhidas para o percurso. As réplicas dos barcos que há séculos navegavam estas águas agora transportam pessoas. Mas a imaginação ajuda a fazer crer que ainda se sente o cheiro ao vinho do Porto que os originais rabelos transportavam em barris, pensa-se que até à década de 1960. Na altura, ainda não existiam estradas e caminho-de-ferro e as quintas produtoras tinham apenas o rio como forma de transportar os barris. O Douro, como nos explicam no passeio, era também muito traiçoeiro — até porque não contava com a ajuda da engenharia recente.

A mão humana torna-se agora num dos momentos altos do percurso quando a água, qual elevador, nos empurra para cima depois de fechados entre duas paredes de betão. A subida da barragem de Bagaúste é feita através de um processo que tem o nome técnico de eclusagem e que permite enfrentar o desnível de 27 metros entre as duas zonas do passeio. É o momento mais agridoce da viagem, com os claustrofóbicos a hesitarem entre semicerrar os olhos ou ver a magia acontecer e subir antes do troço final para o Pinhão, onde um autocarro nos traz de volta ao ponto de partida. Esta opção de passeio entre a Régua e o Pinhão custa no mínimo 20 euros, mas o valor pode subir ao fim-de-semana. Há outras hipóteses disponíveis no site da empresa Douro Acima (www.douroacima.pt). Recomenda-se reserva antecipada.

Nome
Vila Galé Douro
Local
Lamego, Cambres, Lugar dos Varais - Cambres
Telefone
254780700
Website
http://www.vilagale.com/
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