Fugas - hotéis

  • João Morgado
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Alentejo em estado (quase) puro

Para começar não foram feitas nem grandes escavações nem o relevo original do terreno foi alterado para formar um campo rectílineo. Pelo contrário: todos os desníveis foram sabiamente aproveitados, o que, à primeira vista, pode até insinuar um certo caos arquitectónico. Há casinhas mais em baixo, outras mais para a esquerda, todas desalinhadas no seu conjunto. Mas é nesse desalinho que se impõe uma ordem natural. Não foi o terreno que foi preparado para as receber. Foram aquelas que se implantaram onde se conseguiram encaixar.

O facto de o hotel ter sido construído numa área com vários desníveis trouxe mais vantagens, como a edificação de uma piscina infinita com fundo inclinado, permitindo diferentes profundidades sem que para tal tivesse sido necessário esburacar coisa alguma. Ao lado, o topo desta estrutura foi aproveitado como zona de solário, enquanto por baixo esconde-se uma sala de reuniões que eventualmente também poderá receber eventos.

Alentejo dentro de portas

Se do lado de fora o Alentejo vale por si, por toda a natureza que rodeia a unidade, no interior a região é convidada de honra, com a cortiça que forra o chão, quer dos quartos, quer das zonas comuns. Pelo edifício onde se é recebido, há espaço para restaurante — no início não fazia parte dos planos, mas a existência de um acabou por se revelar vital, uma vez que não há grandes alternativas de restauração nas imediações. Não foi preciso ir longe e os comandos da cozinha também ficaram em família, com o irmão de Elsa, João Soares da Cunha. Envidraçada de alto a baixo, como uma enorme vitrina que assume a mesma forma que as dezenas de casinhas, os comensais vão espreitando todo o movimento da confecção dos pratos que, não tarda, lhes chegarão à mesa.

A ambição da cozinha é relativa, mas nem por isso pode ser acusada de descuido: os ingredientes são criteriosamente seleccionados e transformados em iguarias saídas das memórias de infância de quem rege os tachos. A experiência no ramo da restauração já existia, mas o saber, esse, herdou-o da mãe, confessa João. 

Os almoços e os jantares são servidos numa sala que, pensada exclusivamente para servir pequenos-almoços — que podem ser descritos como faustosos, sem que faltem os croissants estaladiços, o queijo fresco, os doces caseiros —, depressa se adaptou às novas funções. Os pratos, devidamente aprumados, vão desfilando da cozinha para fora, e enquanto as refeições decorrem ao ritmo pausado de conversas sussurrantes, pelo espaço entre a recepção da unidade e a saída para a piscina, vários conjuntos de confortáveis poltronas vão sendo ocupados: há quem ponha a conversa em dia e quem aproveite para se actualizar nas leituras. E há até quem siga para o mais escondido recanto onde é recriada a sala de estar de uma qualquer casa: um sofá de três lugares foi estrategicamente posicionado de frente para um móvel de sala com nicho para televisão. Pelas prateleiras, livros, objectos de decoração. Nas costas do sofá, junto à parede, uma secretária de trabalho, devidamente equipada com a parafernália essencial de escritório, pronta a ser usada. E, claro, mais um conjunto de poltronas que, adivinhamos, deverão ser bem concorridas quando as temperaturas começarem a descer e a lareira, estrategicamente colocada entre estas divisões, for ateada.

Nome
Sobreiras - Alentejo Country Hotel
Local
Grândola, Grândola, Mosqueirões, Caixa Postal 3143
Telefone
269109930
Website
http://sobreiras.pt/
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