O Lancia Ypsilon - que pela primeira vez tem uma carroçaria de 5 portas em vez da de 3, que era a imagem de marca deste citadino -, no que se refere aos modelos do segmento B do grupo Fiat, situa-se num patamar intermédio entre o Fiat Punto Evo e o 500. Isto é, em termos de equipamento e design, posiciona-se entre um veículo tipicamente utilitário e um modelo com uma orientação mais Premium.
A unidade que a Fugas conduziu tinha o nível de equipamento Gold (há um nível acima, Platinum). Como oferta de lançamento, trazia o Pack Dolce Vita (jantes em liga leve de 15 polegadas, faróis de nevoeiro e sensores de estacionamento traseiros), no valor de 550€, a pintura metalizada (450€) e a nova versão do sistema de info-entretenimento Blue&Me (400€), não dispondo de qualquer outro equipamento opcional. Da lista de opções disponíveis (climatizador, tecto de abrir, vidros escurecidos, sistema de parqueamento semi-automático, cruise control, etc.), há uma que se recomenda, não só pela segurança acrescida, como pelo preço (250€) - o Programa Electrónico de Estabilidade (ESP), associado ao auxílio ao arranque em subida. No entanto, é de lamentar que, num carro com a tal orientação Premium, o ESP não seja de série, como se verifica em vários dos seus concorrentes.
O motor a gasóleo de 1248cc, com 95cv, associado a uma caixa manual de 5 velocidades e dotado de um sistema Start&Stop, revelou-se económico: num percurso misto auto-estrada/cidade, com alguns engarrafamentos, a média apurada foi de 5,1 l/100 km. A resposta ao acelerador agradou, tanto nas recuperações como nas ultrapassagens, e não se notou grande perda de potência, mesmo em subidas mais íngremes, pelo que não requereu muito trabalho de caixa. O único senão foi o funcionamento do sistema Start&Stop (ver caixa Mais Stop do que Start). Para a economia também contribuem um indicador de passagem de caixa (Gear Shift Indicator) e os pneus EfficientGrip da Goodyear de baixa resistência ao rolamento.
No exterior, o Ypsilon é um carro de linhas elegantes, na boa tradição italiana, com visual compacto. O interior, sóbrio e distinto, destaca-se pela simplicidade e facilidade de leitura da instrumentação, embora o seu posicionamento central seja melhor em termos de estética do que de funcionalidade. Os materiais utilizados, mormente no tablier, são macios e agradáveis ao tacto e os acabamentos, à primeira vista, parecem ser de qualidade (poucos ruídos em piso empedrado).