Antónia Ferreira, com passagem pelos anos de 1863, 1847 e, pasmese, 1834! No sábado destacam-se, pela qualidade ímpar dos vinhos e pela forte improbabilidade de a prova poder vir a ser repetida num futuro próximo tendo em conta a escassez de muitos vinhos em prova, apresenta-se a prova vertical dos Porto Colheita do pequeno produtor Andersen, especializado em Vinho do Porto do estilo Colheita, prenunciando uma visita inebriante pelas colheitas dos anos 1997, 1995, 1992, 1991, 1982, 1980, 1975, 1970, 1968, 1963, 1937, 1910 e 1900, treze colheitas extraordinárias que terminam na apoteose de um Porto acabado de celebrar um século de vida... a que se soma o irmão mais velho, já com um século de vida de remanso da madeira... a que se soma mais uma década de evolução em garrafa! Mas o sábado não se desvanece sem antes consagrar outras duas provas que se adivinham memoráveis, divididas entre a prova comentada do Ferreirinha Reserva Especial 2003, conduzida e ilustrada por Luís Sottomayor, o enólogo responsável pelos vinhos da Ferreirinha, e a prova vertical dos sempre fascinantes Duas Quinta Reserva, da Ramos Pinto, verdadeiros ícones dos vinhos nacionais, precursores da revolução dos vinhos durienses, numa prova abrilhantada pela presença e condução de João Nicolau de Almeida, o pai moral e material destes vinhos extraordinários.
No domingo, relevo evidente para a prova comparativa dos vinhos borgonheses da Chanson Père & Fils, numa acção dirigida por Raul Riba d'Ave, importador dos vinhos da casa. Para além dos vinhos em prova e das provas especiais, a Essência do Vinho promete ainda um conjunto alargado de acções paralelas, incluindo debates, conversas informais, workshops, jantares e harmonizações entre vinho e gastronomia, numa aliança entre produtores e chefes consagrados.
Motivos de sobra para dedicar este fim-de-semana ao vinho!