Fugas - dicas dos leitores

Bruxelas, no Natal e sempre

Por Eduarda Costa

Bruxelas não é uma cidade que encanta à primeira vista. As ruas são sombrias e o céu está sempre nublado. É preciso estar atento aos pormenores para poder apreciar o leque de lugares interessantes que incluem histórias aos quadradinhos, chocolates e cerveja. As paredes dos edifícios alegram-se com pinturas de banda desenhada do Tintin e as ruas conduzem-nos à monumental Grand-Place, com a majestosa árvore de Natal no centro. 

Jean Cocteau descreveu a Grand-Place como “o mais rico teatro do mundo”. Eu descrevo-a também como um lugar mágico onde tudo pode acontecer. A sua iluminação e decoração natalícia, assim como os edifícios luxuosos em seu redor - Maison du Roi, Câmara Municipal, Casas Gremiais, Museu da Música e Museu da Cerveja) -, fazem desta praça umas das mais belas.

No final do dia, a praça transforma-se num palco e as fachadas da Câmara dançam ao ritmo da música em simultâneo com jogos de luzes e cores. Um espectáculo imperdível durante as festas de Natal e fim de ano.

O passeio pelas ruas aumenta o apetite: montras vistosas e luxuosas, repletas de bonecos de neve e pais natais esculpidos em chocolate belga. Nesta época existe o mercado de Natal, que se estende por cerca de dois quilómetros. Dá a conhecer as iguarias do país através de chalés recheados de lembranças de Natal e provas de degustação.

Bruxelas é como uma surpresa por abrir. Para que se obtenha o melhor proveito da cidade e se valorize o melhor que ela tem, há que activar todos os sentidos. Sentir a sua vibração, cheirar o chocolate quente que paira no ar, observar os inúmeros detalhes das ruas e edifícios, ouvir a melodia dos espectáculos e animações de rua, saborear uma cerveja belga… 

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