Estes países, tal como as pessoas, têm muito em comum e também muitas diferenças. Têm a banhá-los o mar Báltico onde se espelham, um clima fresco e muita água, alimento das densas florestas, da vegetação luxuriante e das flores que adornam e enchem de cor jardins, esplanadas, varandas e ruas. E têm o centro histórico das capitais considerado Património Mundial da Humanidade.
A Estónia, especialmente a parte velha da capital, Talin, encanta-nos pela diversidade da arquitectura deixada pelos vários povos que, em diferentes épocas, a conquistaram.
Caminhando por labirínticas e sinuosas ruas, observando os estilos gótico e barroco em edifícios medievais, mosteiros e santuários, chegamos à parte alta da cidade. Aí, ora retrocedemos à época medieval, ora acordamos e, em contraste, vemo-nos rodeados de turistas saídos de gigantes navios.
Na Letónia, Riga, "a grande senhora do Báltico", foi uma cidade fortificada e defendida por extensa muralha. Foi a primeira cidade-jardim da Europa e é a capital da Arte Nova que vemos por toda a parte em baixo e alto-relevo, também em ferro forjado. A câmara fotográfica não descansa: cada prédio é uma preciosa obra de arte a registar.
Chegados à Lituânia, começamos pelo Santuário das Cruzes, lugar de peregrinação para católicos e turistas. Calcula-se que as cruzes aqui depositadas, nos mais variados materiais e formatos, rondem as 100.000. É impossível descrever o que se vê e muito menos a emoção, o arrepio, o nó na garganta, a lágrima que se solta.
Em Juodkrante, visitamos a Casa de Thomas Mann, as dunas de Nida e o "monte das bruxas", habitado por figuras esculpidas em madeira, algumas lendárias. Tudo isto e o Museu de Âmbar, Trakai (castelo do século XV) e suas histórias, ficaram registados no papel e na memória.
Finalmente, Vílnius, a capital, com igrejas, monumentos, estátuas, actividades lúdicas e apenas um senão: termos de dizer adeus ao Báltico e aos seus segredos.
