1.
Madrid cultural
Madrid não para nunca e, para além dos clássicos museus atulhados de turistas e autóctones, o que eu gosto mesmo é que estejam sempre a surgir centros de arte alternativos e polivalentes, onde tanto sucede ao mesmo tempo.
Pela sua polivalência e beleza destaco o Matadero, centro de criação contemporânea que soube dar vida aos antigos edifícios industriais que albergavam os matadouros municipais.
No espaço da antiga fábrica de tabacos nasceu o centro social autogerido - Tabacalera de Lavapiés. Nos arrabaldes dos terrenos pertencentes à estação de comboios de Atocha, um edifício quase em ruínas deu lugar a um centro de artes de vanguarda e residência artística, a Neomudéjar de Atocha.
2.
Madrid Gastronómica
A nível gastronómico as possibilidades são infinitas, o que sossega os espíritos mais gourmet. A renovação e a inovação são constantes, com a garantia de que nos poderemos deliciar em ambientes descontraídos e a preços contidos. Poderia fazer uma lista de 50, mas não posso deixar de referir a descoberta do ano – Nakeima – onde num balcão humilde uns chefs quase imberbes dão de comer a 20 comensais por refeição. Altíssima cozinha a preços irrisórios. Não admitem reservas nem cunhas; para usufruir deste templo há que fazer fila à porta. Do mais democrático!
3.
Madrid Rio
O Manzanares não é um grande rio, não senhor, mas o parque construído nas suas margens é lindíssimo e ainda está a crescer! Durante uns 8 kms, podemos ir da zona de Príncipe Pio até ao Matadero passando por pontos de interesse vários.
Já agora, uma boa opção é usar o novíssimo serviço de bicicletas elétricas da cidade de Madrid, BICIMAD, que após alguns problemas iniciais corre o risco de morrer de êxito.
4.
Teatro Alternativo
Desde que o Microteatro apareceu em pleno bairro de Triball, antiga zona de prostituição, que outros pequenos espaços teatrais têm proliferado, aumentando a já vasta oferta teatral da cidade. Casa de la Portera, Pensión de las Pulgas, Sala Cuarta Pared, Nave 73, Sala Tú, Sexto Derecha são só alguns dos inúmeros palcos existentes. Está visto que a opção de ficar em casa é impensável!
5.
¡Todos a la calle!
Quer chova, neve, granize ou faça sol, cada um dos bairros e ruas de Madrid, dos mais populares aos mais senhoriais, goza de uma azáfama constante e isto porque em cada um deles podemos encontrar de tudo e todos! Sim, os madrileños de nascimento ou adoção, de qualquer idade ou condição, vivem nas ruas a cidade e fazem dela o ser vivo que é!
No final de um qualquer dia, podemos acabar todos, velhotes castiços ou hipsters urbanos, no Tony 2 ou na Casa Candi, rodeados de veludos e azulejos de outras épocas a cantar Nino Bravo em coro “Libre, como el sol cuando amanece, yo soy ibre como el mar... ...como el ave que escapó de su prisión y puede, al fin, volar...
