Nis, a terceira cidade Sérvia, localizada no Sul, a cerca de 200 quilómetros de Belgrado, é um local onde confluem as vias de ligação para a Macedónia, para o Kosovo e para a Bulgária (antiga rota de Salónica), e com um passado que remonta ao Império Romano. Com ambiente mais despreocupado que Belgrado, é de visitar a parte antiga (forte) e, para quem aprecie, um antigo campo de concentração nazi, curiosamente então apelidado de campo da “Cruz Vermelha”.
Skopje, a capital da Macedónia, é uma cidade em dinâmica transformação, capital de um país com pouco mais de 20 anos. A par de uma zona antiga, de origem e tradição otomana, com mesquitas e muitos comércios tradicionais, mas algo votada ao esquecimento, coexiste uma cidade moderna, com muitos edifícios – nomeadamente governamentais - novos ou ainda em construção, a imitar a arquitectura clássica, nem sempre com o melhor dos efeitos, devidamente separadas pelo rio Vardar.
Nestas coisas das férias, nada como deixar o melhor para o fim.
Foi o que calhou acontecer, primeiro com os dias passados em Ohrid e no lago do mesmo nome, e depois com a cidade de Bitola, já junto à Grécia e Albânia.
No lago Ohrid, um dos maiores da Europa, satisfizemos o desejo de praia, embora com água doce, claro está, mas bastante quente, o que nos surpreendeu, uma vez que se trata de um lago cuja profundidade pode chegar aos 300 metros, além de que está localizado a cerca de 600 metros de altitude.
A cidade de Ohrid é a mais visitada de toda a Macedónia, o que significa que, embora com muitos pontos de interesse, chega a ser cansativa...principalmente após o escurecer, em que milhares de pessoas procuram os restaurantes e bares junto à beira lago, para bombar toda a noite… enfim, uma espécie de Albufeira, à la Makedonian!
Já em Bitola, valeu a pena a visita às ruínas da cidade romana de Heraclea, e desfrutar de um conjunto de mosaicos que faz corar de vergonha alguns da própria Roma… sem um único visitante a não sermos nós!
Tudo o que é bom acaba depressa, e as férias assim passam a correr, ainda para mais numa região onde se sente literalmente o pulsar da história europeia. Na hora do regresso ainda fomos tentados a seguir a estrada de Salónica, mais uma semaninha só, Meteora ali tão perto ….mas o trabalho já aguardava, fica para o ano!