Fugas - dicas dos leitores

Lago Bled

Lago Bled

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A (quase) desconhecida Eslovénia

Uma coisa nos chamou a atenção: a impecável limpeza do chão junto às mesas, nem um papel, nem uma beata. Também nos impressionou a simpatia e o bom humor dos eslovenos. Nisso discordamos radicalmente dos autores de um blogue de viagens premiado, que estiveram dois dias e meio na Eslovénia e acharam os locais mal-encarados e mal dispostos.

Nós percorremos quase todo o país em duas semanas e concluímos o contrário. O episódio mais marcante foi na encantadora cidade de Piran, no Adriático. Só os locais entram de carro no centro histórico. Os outros deverão deixar a viatura num dos vários parques à entrada com preço/hora de 3€. Demorámos mais que o esperado e não tínhamos dinheiro suficiente, quisemos pagar com cartão bancário, o que não foi aceite. Com ar bem-disposto, o funcionário perguntou quanto dinheiro tínhamos: 6€, metade do exigido. Foi anulado o primeiro recibo e dado um segundo de 6€ e o funcionário ainda nos desejou boa viagem com um enorme sorriso.

O vinho é dos elementos mais marcantes da cultura eslovena. Gabam-se mesmo de ter (em Maribor) a videira mais antiga do mundo. Há por todo o lado pequenas tabernas, concursos de vinho ou casas especializadas. Muitas aldeias são rodeadas de verdejantes vinhedos e é difícil encontrar uma casa que não tenha uma ramada, nem que seja para simples decoração. Talvez tenha origem no vinho o carácter bem-disposto dos eslovenos. Lá diziam os romanos: “O vinho alegra o coração dos homens e ao das mulheres não desagrada…”.

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