Do aeroporto de Ciampino chegamos ao centro da cidade sentados no Bus Shuttle, e a primeira impressão são prédios fechados, gatafunhados por latas de tinta sem estética, desfigurados. Instala-se um sentimento de controvérsia e duvida-se sobre o destino de anos. Na estação Termini apanhamos o metro para o hostel na Viale Manzoni e, esfomeados de uma viagem que aterrou à hora do jantar, procuramos pelos arredores um restaurante que assole as papilas gustativas ansiosas pela culinária que se diz famosa. Pastas e pizzas para todos, enquanto o estômago é entretido na prova de um típico suppli, um croquete frito feito com risotto e um pedaço de mozzarela no interior. Uma delícia!
No dia seguinte caminhamos em direcção ao Coliseu, cuja história se impõe nas ruínas com dezenas de metros. Depois, a Via dei Fori Imperiali e do lado esquerdo avista-se um pouco do Fórum Romano. A Piazza Venezia, e perdemo-nos na imponência do monumento a Vittorio Emanuele II que se ergue em tons de branco numa praça movimentada. Subimos pelas ruas e visitamos o Panteão, que conserva nos seus traços a grandiosidade da Roma Antiga. E porque temos que fazer render as horas, descemos em direcção ao Guetto, para depois virarmos à direita junto ao rio e subirmos para a Piazza Campo de’Fiori. Aqui, o mundo agita-se em cores berrantes e em línguas que gritam anúncios de tudo um pouco.
Os olhos tornam-se gulosos e a fome aperta e dita que se compre um copo de fruta por 3€. Continuamos, e finalmente abre-se do canto de uma rua o lado sul da Piazza Navona. O centro é ocupado pela famosa Fontana dei Quattro Fiumi e por vendedores de pinturas de preços exagerados. A caminho das outras tantas coisas por ver, o estômago de quem não comeu revolta-se, e desta vez compram-se fatias de pizza dobradas que nem sanduíches que se comem enquanto se anda. Passamos a Piazza Colonna em direcção à Fontana di Trevi e, ainda antes de entrarmos na praça, amontoam-se pessoas nas esquinas das ruas. Os olhos perdem-se nos pormenores e reparam nas pessoas que atiram moedas na procura de desejos por cumprir. Avançamos para a Piazza di Spagna, que também se abre no meio dos edifícios com ainda mais pessoas. Parece que as gentes nasceram do chão enquanto percorríamos as ruas. Aproveitamos para nos sentar.Recuperamos forças e subimos então as escadas para depois caminharmos pela Viale Trinità dei Monti e nos deslumbrarmos com uma paisagem fantástica dos telhados de Roma. Seguem-se os jardins da Villa Borghese e a sombra que finalmente dá descanso à pele, e estendemos os corpos pelos jardins para aproveitar o momento.
Antes de jantarmos nos arredores da cidade, porque o preço é mais acessível, damos um último salto à Piazza Popolo. Os livros turísticos dizem para entrarmos na capela de Santa Maria del Popolo, mas para quem tem apenas dois dias e dois terços de estadia, o tempo impede que nos prendamos com o seu interior. Há tanto para ver! Descemos pela Via del Corso, que mais parece a Baixa-Chiado, apanhamos o metro na Piazza di Spagna e damos o dia por encerrado.