Obviamente, as crianças foram as primeiras a acordar. "Alguém" se tinha esquecido de fechar as persianas. E já corriam pelo jardim, como se tratasse do seu parque de diversões privado.
Mas também era possível ver as diferentes rotinas matinais de cada hóspede. Um homem deitado na cama, em jeito de preguiça, com a mulher a mandá-lo levantar para fazer a cama. Pai, filho e mãe, por esta ordem, sentados na cama a contemplar o jardim e tudo o que estava a acontecer.
A algum custo, todos tinham de se dirigir para o pequeno-almoço. O discurso oficial era a língua monossilábica matinal. Só as crianças estavam em incumprimento com esta "lei".
Durante o pequeno-almoço, dois dos casais que na noite anterior tinham estado a falar, sussurravam o mistério do candeeiro desaparecido. "Quando fomos dormir estava lá, não estava? Era tão giro aquele candeeiro", dizia intrigada uma das hóspedes.
Por fim, ainda se levaram alguns "despojos" do hotel para casa. Cada hóspede tinha direito a levar os têxteis que preenchiam o seu mobiliário. Malas feitas e mais cheias, cada um rumou para casa.