Fugas - hotéis

  • Memmo Alfama
    Memmo Alfama
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    Memmo Alfama
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    Memmo Alfama
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    Memmo Alfama
  • Memmo Alfama
    Memmo Alfama
  • Memmo Alfama, parede-mural por Alexanfre Farto
    Memmo Alfama, parede-mural por Alexanfre Farto
  • Memmo Alfama, a fachada do hotel
    Memmo Alfama, a fachada do hotel
  • Memmo Alfama e as vistas
    Memmo Alfama e as vistas

Para a ‘Wallpaper’, Alfama tem um dos melhores novos hotéis do mundo

Por Luís J. Santos

O lisboeta Memmo Alfama é um dos finalistas à distinção "Best Urban Hotels 2014" da ‘Wallpaper’, “bíblia” mundial do design e tendências. E é o único hotel português da lista.

A Wallpaper chama-lhe shortlist mas de short/curta a lista não tem nada. Para a influente revista, que continua a referenciar e ditar tendências pelo mundo, há meia centena de hotéis que reúnem todos os critérios para se habilitarem à chancela de melhor novo hotel urbano do mundo. Na verdade, a dimensão da lista revela dois bons sinais: a diversidade (geográfica e de conceitos) e a atenção do júri internacional de especialistas (sete, do design à arte e arquitectura) que seleccionou unidades hoteleiras de dezenas de países. Mas, por Portugal, apenas nomeou um hotel.

Da miríade de experiências hoteleiras pelos EUA ao esplendor Dubai, do luxo palaciano italiano ao design contemporâneo sueco ou alemão, da tradição e modernidade mescladas na China, Japão ou Turquia a insígnias como Park Hyatt, Kempinski, Sheraton, Waldorf Astoria ou Meridien, surge uma bandeira portuguesa: Memmo. No caso, o segundo hotel desta rede que nasceu com uma unidade em Sagres (e que tem um terceiro projecto no Príncipe Real).

O Memmo Alfama, que abriu portas precisamente há um ano - tornando-se o primeiro hotel de luxo contemporâneo na zona, a dois passos da Sé -, é descrito na Wallpaper como erigido "numa antiga fábrica de graxa", localizando-se no "bairro árabe de Lisboa, na romântica Alfama". Salientando o projecto de Samuel Torres de Carvalho, foca também os interiores assinados por este arquitecto e por João Corrêa Nunes, além da preservação da fachada original. "O hotel é dominado por linhas elegantes em branco neutro e bege, interligadas com arrojada arte de rua e vibrantes salpicos de vermelho", resumem.

Mais espaço houvesse na ficha de nomeação e a Wallpaper decerto referiria também que a arte de rua a que aludem é assinada pela maior estrela portuguesa nesse domínio, Vhils (Alexandre Farto), a quem o hotel de quatro estrelas encomendou um mural para a sua ruela: na Travessa das Merceeiras é-se recebido por um rosto gigante de um residente de Alfama. Ou poderia acrescentar o bar de vinhos e a piscina que abre as vistas para o bairro, a Lisboa ribeirinha e o Tejo.

Boutique hotel com 42 quartos, membro da rede Design Hotels, e preços por noite desde 115 euros, o projecto pauta-se por um "estilo simultaneamente autêntico, contemporâneo e perfeitamente integrado na envolvente". Objectivo: permitir o "sentimento especial de estarmos numa casa portuguesa". "Não é um novo hotel para turistas, é mais como uma casa para viajantes", anunciam.

"Um reconhecimento extraordinário para nós", diz Paulo Duarte, director geral do hotel, à Fugas. "Não esperávamos", confessa, sublinhando logo a seguir que a nomeação é "um sinal muito positivo ao conceito hoteleiro que desenvolvemos em Alfama: mais do que um boutique hotel pequeno, uma casa grande em que o serviço ao cliente prestado por todos nós é muito próximo, atento e amigo".

Para este responsável, "mais do que hotéis luxuosos, as pessoas procuram hoje verdadeiras experiências que as aproximem dos locais que visitam". "É isso precisamente que nós oferecemos no bairro mais genuíno e autêntico de Lisboa", garante.

Na edição de Dezembro da Wallpaper será revelado o vencedor da distinção Best Urban Hotel 2014. No júri que avaliou (e experimentou) os hotéis encontram-se nomes como o italiano Piero Gandini, CEO da multinacional do design Flos, o arquitecto e designer japonês Oki Sato, a galerista Melanie Courbet - especialista em arte e design contemporâneos -, o casal dinamarquês composto pelo chef Claus Meyer (senhor de um império e parceiro de René Redzepi, do "melhor restaurante do mundo", o Noma) e a designer de interiores Christina Meyer Bengtsson, Zahira Asmal (fundadora da Designing_SouthAfrica, ONG focada no design para o desenvolvimento social) ou Zélika García (design e arte contemporânea com base México). Não são só as artes que os ligam. É que estes profissionais passam metade da vida a viajar e, segundo as biografias de cada um publicadas pela revista, podem viajar em média entre 8 a 30 vezes por ano e conhecer entre 8 e 99 hotéis (o mais "hoteleiro" é Sato).

Para a Wallpaper, todos os finalistas representam “uma nova geração de hotéis – refúgios auto-suficientes de estilo de vida”. A revista cita Sonia Cheng, CEO da Rosewood Hotels, para precisar o que significam estes conceitos de hotelaria do séc. XXI: são “mudanças significativas em design e tendências de serviços” no sentido de “criarem estadias únicas com experiências que são relevantes para a localização”.  

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