Visualmente, o Pulsar pode ser discreto, seguindo o espírito de um carro que se destaca mais pela funcionalidade e pela poupança que pelo design ou pelas performances. Mas tem mais trunfos na manga para fazer face à aguerrida concorrência do segmento C, entre os quais um razoável espaço interior, bom equipamento, mesmo nos níveis de entrada e intermédios, e uma especial atenção à segurança — nos testes do Euro NCAP conduzidos de acordo com os mais exigentes parâmetros de 2014, o Pulsar obteve o máximo de 5 estrelas. Pode-se assim dizer que a berlina do segmento C da Nissan é um modelo em que a razão se sobrepôs à emoção, quando foi concebido.
O comportamento contido deste pequeno familiar, com o bloco .5 dCi a gasóleo de 110cv, apela a uma condução racional e equilibrada, não sendo especialmente despachado nas recuperações e ultrapassagens e requerendo algum trabalho da caixa manual de seis velocidades. Em contrapartida é confortável e estável, para o que contribui o Controlo Activo de Chassis da Nissan, de série, que funciona como diferencial de deslizamento limitado, proporcionando um comportamento mais suave em curva e melhor tracção nas acelerações. Também não é um motor muito guloso — num percurso misto, fizemos uma média de 5,1 l/100km, muito boa para um veículo de 4,39m de comprimento e 1350kg de peso.
No interior, encontram-se alguns materiais duros mas nota-se cuidado nos acabamentos. Onde, porém, o Pulsar se destaca é no espaço do habitáculo para os cinco ocupantes, superior mesmo ao de carros de segmentos acima. Outro ponto forte é algo que é apanágio dos modelos da Nissan: a instrumentação, apesar de muito completa, é de fácil e intuitiva utilização, incluindo o sistema NissanConnect de navegação por satélite. J.P.
Motor: Quatro cilindros em linha turbodiesel, 1461cc
Potência: 110cv @ 4000 rpm
Aceleração 0-100 km/h: 11,5s
Velocidade Máxima: 190 km/h
Consumo Médio: 3,6 l/100 km
Emissões CO2: 94 g/km
Preço: 27.000€
Opel Astra 1.6 CDTI 110 Cv Innovation
Todos sabemos que não há carros perfeitos: para além das qualidades, eles têm sempre alguns defeitos bem visíveis. Porém, no novo Astra é difícil encontrar pormenores negativos a apontar. E mesmo os pontos menos conseguidos são amplamente compensados pelos consumos, performances e equipamento disponibilizados, em particular no nível mais alto, Innovation: caso do sistema de assistência ao condutor e ao veículo Opel OnStar e dos sofisticados faróis de matriz de LED, uma estreia no segmento.
A nova geração Astra não só está mais bonita por fora, com linhas fluidas e elegantes, como mais leve e aerodinâmica. Isso reflecte-se no equilíbrio na condução, na estabilidade em curva, na resposta mais rápida às manobras do volante e nos consumos: com o 1.6 de 110cv a gasóleo, obtivemos uma média de apenas 4,5 l/100km num percurso misto.
Além disso, tendo encolhido por fora, cresceu por dentro: quatro adultos com mais de 1,80m sentam-se à vontade no habitáculo. Os bancos dianteiros são ergonómicos e mais estreitos com ganho em espaço para quem se senta atrás, onde o quinto lugar, o do meio, é mais estreito, embora o túnel central seja pouco saliente.