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Pelo segundo ano consecutivo no primeiro lugar da lista S. Pellegrino dos 50 melhores restaurantes do mundo, o Noma não tem mãos a medir para todas as reservas que recebe e por isso, o aviso é lançado logo depois de se clicar nessa secção do site oficial: "Caro convidado lamentamos não poder aceitar todas as reservas que recebemos de momento". Fiquemos pelo lado positivo: ainda é possível realizá-las.
Até 16 de Julho, altura em que o Noma fecha para três semanas de férias, pode reservar-se, mas (claro) o restaurante está lotado. As desistências ocasionais servem de incentivo a quem faça questão de provar as iguarias do chefe René Redzepi. O próximo passo será escolher um dia e ingressar na lista de espera para o almoço ou o jantar, quase como quem escolhe os números do Euromilhões, esperando que nessa data abra um buraco na agenda.
Se tiver mais de oito amigos dispostos a embarcar no próximo voo para Copenhaga, as perspectivas mudam drasticamente. Para grupos entre nove e 15 pessoas, é possível conseguir mesa no Staff Room do Noma - graças a cancelamentos e a um calendário em constante actualização -, por vezes para o próprio dia ou dias seguintes. Esta sala, no primeiro andar, está preparada para receber tanto os funcionários do restaurante como convidados, oferecendo, além desta ambiguidade, uma vista privilegiada sobre o cais de Copenhaga.
Para os apreciadores de boa comida realmente determinados e com menos de oito amigos, o dia 2 de Maio é a data a memorizar. A partir das 10h00 (09h00 horas em Portugal), o Noma aceitará marcações para o mês de Agosto. Um esquema que se repetirá à mesma hora no dia 1 de Junho para as reservas de Setembro. É a estratégia da administração do Noma para lidar com a chuva de pedidos que chegam de todo o mundo.
Quem pode comer no melhor restaurante do mundo?
Ter o rótulo de " melhor restaurante do mundo" é um pau de dois bicos. Se por um lado não haverá nenhum bon vivant que não tenha o sonho secreto de lá comer, para as carteiras menos recheadas o título equivale a inacessibilidade. A surpresa é que pode não sê-lo.
Provar a "nova cozinha nórdica" no Noma virá com uma conta que surpreende pela positiva face à notoriedade do restaurante. O menu de almoço que consiste em sete pratos (sendo que aqui a palavra prato é enganadora e pode referir-se a dois camarões vivos servidos num bloco de gelo com molhos à escolha) fica por 146,80 euros, sem bebida.
Para sete pratos, sete bebidas diferentes. O menu vinho inclui sete copos de uma selecção de diferentes vinhos europeus e custa 120 euros. A opção é o menu de sumos onde o preço baixa substancialmente para cerca de metade (53 euros).
Conhecido tanto pela inovação na recolha e selecção dos ingredientes (que se querem nórdicos e sazonais) como pelo uso de tecnologia de ponta e pormenor na sua confecção, o Noma atinge o auge na opção "nassaaq". Aqui os clássicos do restaurante juntam-se às mais recentes invenções com produtos nórdicos num total de doze pratos e de 187 euros. A somar 140 euros para ter o vinho incluído e a experiência completa (planeada para durar cerca de quatro horas).
-> Noma (site oficial)