A petição, lançada em conferência de imprensa, contesta a reestruturação do terreno do antigo hotel, porque diz não respeitar o desenho urbano e o espírito do local. "É preciso salvaguardar a sua envolvente verde, o paisagismo, a memória física da fachada, a volumetria final. E é preciso que o arquitecto fale connosco", sublinhou Raquel Henriques da Silva, historiadora de arte, durante o comunicado.
O edifico já foi chalet, clube internacional e hotel, de charme, com 40 quartos e frondoso arvoredo envolvente. Agora a Sociedade Estoril-Sol, concessionária da exploração do jogo no Estoril, propôs a construção de um hotel com quatro pisos e 105 quartos, que o texto da petição diz "aumentar em 300 por cento a área de construção do antigo hotel".
Contudo, o objectivo peticionário "não é estar contra que se façam coisas, não somos contra o novo hotel, mas que o façam com conta, peso e medida, sem aço e vidro, como o Estoril Residence, mas tomando em consideração a vontade dos moradores, a caracterização da zona e o espírito do local", esclareceu Salvador Corrêa de Sá, da associação de moradores e presidente do Instituto Amaro da Costa. O movimento cívico pretende fazer chegar a petição, no mínimo, a 5000 pessoas.
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