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Nunca é Tarde: Carlos Carneiro, pai e filho

Nunca é Tarde: Carlos Carneiro, pai e filho

Pai, filho, amigo e uma 4L provam que 'Nunca é Tarde' para uma volta a África

Por Carla B. Ribeiro

Pai e filho andam juntos a dar a volta a África. Já reformado, Carlos Almeida Carneiro (pai) propôs ao filho, Carlos Almeida Carneiro (filho) - já com experiência destas aventuras, uma grande volta ao continente africano. Desde Junho e até Fevereiro ou Março provam que "Nunca é Tarde", tal como se chama o site onde relatam a viagem.

Um pai reformado que nunca chegou a acampar com o filho desafia este, que faz da vida a soma de muitas viagens, a juntar-se a si numa volta a África. A ideia partiu de Carlos Almeida Carneiro (pai), que chegou à conclusão de que tinha "todo o tempo do mundo e mil euros por mês para tirar da reforma".

Não foi preciso muito para convencer Carlos Almeida Carneiro (filho), co-autor de "Até onde vais com 1000 euros?" com Jorge Vassallo (que andará nos próximos meses pela Índia para mostrar que "Tudo é Possível"), a aceitar o repto. Afinal de contas, o que Carlos Carneiro (filho) procura são "destinos improváveis porque nos tornam também improváveis" e África até lhe parece um sítio onde terá facilidade em fugir ao que abomina em viagens: colchões confortáveis, ambientadores com fragrância a lavanda e prestações suaves.

A esta dupla juntou-se mais tarde Pedro Dias, designer de formação e com jeito para lidar com provavelmente o mais temperamental membro desta equipa: Catrela (de Renault 4L) que, habituada à dura vida das vinhas na Bacalhôa, vê-se agora adaptada às exigentes estradas africanas.

A viagem começou em Junho e por esta altura já andam pelo Gabão e com "a viagem por um fio": os 200 quilómetros que têm pela frente para atravessarem a República Democrática do Congo deixaram os viajantes numa encruzilhada: ou vão "bater com o nariz na porta da embaixada" ou "apanhar um barco, se houver - com altos custos de dinheiro e tempo". Há ainda uma terceira possibilidade - "voltar tudo para trás" - mas essa, afirmam, levá-los-ia a "passar um ano em Portugal a Prozac".

O desfecho deste percalço pode ser conhecido no site que vão alimentando ao longo da viagem, com textos, vídeos e ilustrações, e se tudo correr bem a volta a África só irá terminar depois de percorridos uma vintena de países e 40 mil quilómetros. Isto é, lá para Fevereiro ou Março (e sem antidepressivos).

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