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  • Kai Pfaffenbach/Reuters
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A saga dos frascos pequenos nos aviões não vai acabar

Por Romana Borja-Santos

O "põe e tira" nas zonas de controlo de segurança nos aeroportos é para continuar, depois de a Comissão Europeia ter decidido esta semana manter nos voos o limite de 100 mililitros para líquidos, gel e spray na bagagem de mão.

As medidas de segurança nos voos internacionais começaram a ser mais apertadas após os atentados do 11 de Setembro de 2001. Contudo, o regulamento específico sobre o limite de 100 mililitros para frascos (e de um total de um litro) na bagagem de mão, sempre em sacos transparentes, só entrou em vigor em Novembro de 2006, após uma suposta conspiração terrorista no Reino Unido contra sete voos transatlânticos entre Londres e os Estados Unidos que recorreria a líquidos camuflados que os passageiros levavam para o avião.

O Parlamento Europeu tem vindo a pedir sucessivamente a revisão deste regulamento comunitário alegando que esta limitação é muito incómoda para os passageiros, que se vêem obrigados a escolher previamente embalagens dentro dos limites aprovados ou a ter de as deitar fora no momento em que passam no controlo de segurança. Os deputados têm também alegado que o controlo que esta regra exige implica custos elevados.

A ideia era que a medida vigorasse apenas até 2013 e fosse depois reavaliada. Mas a Comissão Europeia já fez saber nesta quarta-feira que será prolongada pelo menos até 2014, por considerar "precipitada" a sua revogação.

Além disso, a Comissão Europeia também avisa que mesmo em 2014 apenas se deverá aligeirar a restrição, já que só se prevê uma liberalização total para os líquidos adquiridos nas lojas dos aeroportos. Até agora os produtos comprados nos duty-free fora da União Europeia eram revistados manualmente e sujeitos a restrições antes de entrarem em território comunitário.

Isto porque, para o executivo comunitário, os explosivos líquidos continuam a representar uma ameaça real para a aviação civil, independentemente de alguns avanços nos sistemas de segurança dos aeroportos. "Tendo em consideração os riscos operativos e de segurança e perante a necessidade de salvaguardar os interesses dos passageiros, será necessário um esforço progressivo para introduzir detectores de líquidos", diz a Comissão Europeia, num comunicado, onde adianta que no Outono serão apresentadas algumas propostas de mudança da legislação.

A comissão adianta que a decisão é tomada após algumas experiências levadas a cabo em vários aeroportos da União Europeia e depois de consultados vários especialistas e membros do sector da aviação e aeroportos.

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