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    A "casa de sonhos" de Robin, inspirada no Oitavos DR/Robin Taylor
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    A "casa de sonhos" de Robin, inspirada no Oitavos DR/Robin Taylor
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    A "casa de sonhos" de Robin, inspirada no Oitavos DR/Robin Taylor
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    A "casa de sonhos" de Robin, inspirada no Oitavos, ainda em desenvolvimento paisagístico DR/Robin Taylor
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    O "clubhouse" do Oitavos Dunes DR
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    O "clubhouse" do Oitavos Dunes DR
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    O campo de golfe Oitavos Dunes DR

O turista que levou as férias portuguesas para o seu jardim em Inglaterra

Por Luís J. Santos

Robin Taylor passou umas férias únicas em Cascais. Apaixonou-se pelo Oitavos Dunes e por Portugal e, uma década depois, realizou o seu sonho: inspirado pelo clube deste campo de golfe da Quinta da Marinha, “reproduziu-o” na sua propriedade em Swindon, Inglaterra.

"Estava lá sentado ao fim do dia e de repente pensei como seria maravilhoso viver num sítio assim", conta-nos Robin Taylor. "Foi realmente inspirador, com a luz na fachada de vidro e no terraço". Estávamos em 2003 e o "sítio" era o "clubhouse" do campo de golfe Oitavos Dunes, na Quinta da Marinha, em Cascais, que, mais recentemente, recebeu a companhia do luxuoso hotel de cinco estrelas The Oitavos. Foi aquele momento de felicidade que levou o britânico a sonhar com uma casa "assim", como querendo conservar esse prazer das férias vividas em Portugal para sempre.

E o sonho de uma década acabou agora por tornar-se realidade. Ligado à indústria da construção, criou, com a ajuda de um amigo arquitecto, Robert Nichols, o projecto, inspirando-se no "clubhouse" português e adaptando-o aos jardins de uma propriedade em Swindon, Wiltshire, no sudoeste da Inglaterra. Conseguida a autorização das autoridades locais, Taylor, de 47 anos, construiu, passo a passo, a sua "casa de sonhos", inspirando-se no edifício projectado pelo arquitecto José Anahory, parte do campo de golfe inaugurado em 2001. Uma pequena versão britânica do espaço do Oitavos. Mas, "mais do que uma réplica", diz-nos o britânico, é uma obra "inspirada pelo clubhouse" português, construída num terreno onde antes era o jardim da sua anterior residência (e que vendeu para financiar a nova casa).

A obra, a que não faltam esses detalhes que o fascinaram - as grandes portas de vidro deslizantes ou os terraços-deck -, demorou-lhe três anos e terá custado cerca de 300 mil libras (pouco mais de 347 mil euros). Foi ele próprio que fez "a maior parte do trabalho", chegando a tirar férias do seu emprego para se dedicar à construção da casa. "Construímo-la do nada", dizia a um site local, o Swindon Advertiser, sublinhando que conhece "cada cabo, cada gancho e prego". "Não somos ricos", referia. Por isso, "não iríamos realmente imaginar que acabaríamos por viver num sítio como este".  

O seu exclusivíssimo "clubhouse" de inspiração lusa, rodeado por bosque, em estrutura de aço e madeira, tem dois pisos e inclui quatro quartos, duas casas de banho, salas de jantar e estar, cozinha, ginásio e sala de jogo. As portas interiores foram todas fabricadas em Portugal, sublinha. E a decorar o espaço tem mesmo um conjunto de fotografias de Portugal que comprou durante a sua viagem ao país. A decoração adapta também detalhes de referência do edifício da Quinta da Marinha, incluindo o padrão de cores. Um "trabalho de amor", chamava-lhe o jornal britânico Daily Mail, um dos meios que têm celebrizado a casa de Taylor (apesar de alguns noticiarem que é cópia de um hotel português, inclusive a BBC, o que na prática não é verdade, até porque o hotel do campo de golfe só foi inaugurado em 2010).    

"Toda a experiência" durante as férias portuguesas "foi algo para recordar para sempre", comenta Taylor, numa conversa por mail, à Fugas. "O campo de golfe era excepcional e o serviço que recebemos era de primeira". E, sublinhe-se, se a questão arquitectónica e paisagística foi primordial neste sonho de turista, também o foi o facto de ter uma especial afeição por Portugal. "Foi sempre um dos meus sítios preferidos", diz, realçando que já visitou o país "muitas vezes" e elogiando "o estilo de vida dos portugueses": "É algo a que aspirar. As pessoas são sempre muito simpáticas e prestáveis e parecem saber desfrutar a vida."

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