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    O "Rubber Duck" em Hong Kong, Maio 2013 REUTERS/Bobby Yip
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    O "Rubber Duck" em Hong Kong, Maio 2013. Aqui, a criatura e o seu criador, Florentijn Hofman REUTERS/Bobby Yip
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    O "Rubber Duck" em Hong Kong, Maio 2013 REUTERS/Bobby Yip
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    O "Rubber Duck" em Hong Kong, Maio 2013 REUTERS/Bobby Yip
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    O "Rubber Duck" em Hong Kong, Maio 2013 REUTERS/Bobby Yip
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    O "Rubber Duck" em Hong Kong, Maio 2013 REUTERS/Bobby Yip
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    O "Rubber Duck" em Hong Kong, Maio 2013 REUTERS/Bobby Yip
  • No Japão, em Onomichi, Hiroxima
    No Japão, em Onomichi, Hiroxima DR/Florentijn Hofman
  • No Japão, em Onomichi, Hiroxima
    No Japão, em Onomichi, Hiroxima DR/Florentijn Hofman
  • Na Nova Zelândia, em Auckland
    Na Nova Zelândia, em Auckland DR/Florentijn Hofman
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    Uma "fábula" gigante DR/Florentijn Hofman
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    Na Bélgica, em Hasselt DR/Florentijn Hofman
  • No Japão, em Osaka
    No Japão, em Osaka DR/Florentijn Hofman
  • No Japão, em Osaka
    No Japão, em Osaka DR/Florentijn Hofman
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    Até no gelo... DR/Florentijn Hofman
  • Aonde quer que vá, o pato é um imane para as máquinas fotográficas
    Aonde quer que vá, o pato é um imane para as máquinas fotográficas DR/Florentijn Hofman
  • Na França, em Saint-Nazaire
    Na França, em Saint-Nazaire DR/Florentijn Hofman
  • No Brasil, em São Paulo
    No Brasil, em São Paulo DR/Florentijn Hofman
  • Na Austrália, Sydney
    Na Austrália, Sydney DR/Florentijn Hofman
  • Na Austrália, Sydney
    Na Austrália, Sydney DR/Florentijn Hofman
  • Florentijn Hofman com os pequenos patos de borracha criados a partir do
    Florentijn Hofman com os pequenos patos de borracha criados a partir do "pai": os lucros revertem para a solidariedade social DR/Florentijn Hofman
  • Outras obras de Hofman:
    Outras obras de Hofman:"Big Yellow Rabbit", um coelho de 13m encostado de cabeça para baixo a uma estátua na Suécia DR/Florentijn Hofman
  • Outras obras de Hofman:
    Outras obras de Hofman: "Big Yellow Rabbit", um coelho de 13m encostado de cabeça para baixo a uma estátua na Suécia DR/Florentijn Hofman
  • Outras obras de Hofman:
    Outras obras de Hofman: "Macaco Gordo", no Brasil - uma enorme escultura a partir de 10 mil chinelos de praia DR/Florentijn Hofman
  • Outras obras de Hofman:
    Outras obras de Hofman: "Macaco Gordo", no Brasil - uma enorme escultura a partir de 10 mil chinelos de praia DR/Florentijn Hofman
  • Outras obras de Hofman: Pastor alemão de 25m a guardar uma quinta em Leens
    Outras obras de Hofman: Pastor alemão de 25m a guardar uma quinta em Leens DR/Florentijn Hofman
  • Outras obras de Hofman: Um urso de 11m com uma almofada debaixo do braço em Amesterdão
    Outras obras de Hofman: Um urso de 11m com uma almofada debaixo do braço em Amesterdão DR/Florentijn Hofman
  • Outras obras de Hofman:
    Outras obras de Hofman: "Mosca Muerta" colocada no topo de um edifício no México DR/Florentijn Hofman
  • Outras obras de Hofman:
    Outras obras de Hofman: "Slow Slugs" em Angers DR/Florentijn Hofman
  • Outras obras de Hofman: um coelho de 12m de altura em Nijmegen (Holanda), onde se podia entrar no interior, subir escadas e espreitar a paisagem a partir de um miradouro no nariz vermelho
    Outras obras de Hofman: um coelho de 12m de altura em Nijmegen (Holanda), onde se podia entrar no interior, subir escadas e espreitar a paisagem a partir de um miradouro no nariz vermelho DR/Florentijn Hofman
  • Outras obras de Hofman: um coelho de 12m de altura em Nijmegen (Holanda), onde se podia entrar no interior, subir escadas e espreitar a paisagem a partir de um miradouro no nariz vermelho
    Outras obras de Hofman: um coelho de 12m de altura em Nijmegen (Holanda), onde se podia entrar no interior, subir escadas e espreitar a paisagem a partir de um miradouro no nariz vermelho DR/Florentijn Hofman
  • Outras obras de Hofman: Três grandes pianos em madeira, jogados na costa holandesa como náufragos
    Outras obras de Hofman: Três grandes pianos em madeira, jogados na costa holandesa como náufragos DR/Florentijn Hofman
  • Outras obras de Hofman: Um dos três grandes pianos em madeira, jogados na costa holandesa como náufragos
    Outras obras de Hofman: Um dos três grandes pianos em madeira, jogados na costa holandesa como náufragos DR/Florentijn Hofman

Este pato gigante viaja pelo mundo para fazer-nos felizes

Por Luís J. Santos

A obra de Florentijn Hofman, agora em Hong Kong, é apenas um grande pato de borracha. Mas, na sua ostensiva simplicidade, o "Rubber Duck" quer insuflar planos maiores: "raptar" paisagens, provocar sorrisos, aliviar tensões, tornar-nos mais felizes.

Tem 16,5m de altura, demora uns 30 minutos a insuflar e é um grande viajante. Além de ser, claro, um grande pato. Vai chegando, em diferentes versões, a cidades de todo o mundo e, na semana passada, pousou em águas de Hong Kong, originando mais um "splash" mundial. É que este "Rubber Duck", criado pelo holandês Florentijn Hofman, na sua aparente simplicidade, tem o condão de atrair todos os olhares. E de funcionar como um imenso e simpático "alien" que dá uma nova perspectiva, tão surreal quanto quase-disney, a qualquer cenário.

"O 'Rubber Duck' não conhece fronteiras, não discrimina ninguém e não tem conotações políticas", sublinha Hofman (entretanto confirmado como participante no 180 Creative Camp, que se realiza em Julho em Abrantes) na apresentação do projecto, que, na prática, não podia ser mais básico. Materiais: pato de borracha insuflável gigante, gerador, barcaça. Mas este "amigável e flutuante" pato de borracha, garante o artista, tem até "propriedades terapêuticas" e pode mesmo "aliviar tensões mundiais". Entre os motivos para tal façanha, está a sua capacidade para obrigar os espectadores a rever perspectivas a partir desta desemesurada criação que remete à infância.

O "patão" tem viajado pelo mundo desde que foi produzido pela primeira vez, em 2007. Tem sido avistado, em versões, dimensões (dos 5m aos 26m, já houve tamanho para tudo) e projectos vários, por diversos pontos da Holanda, pela França (Saint-Nazaire), Brasil (São Paulo), Nova Zelândia (Auckland), Austrália (Sydney), Alemanha (Nuremberga) ou Japão (Osaka e Hiroxima).

Em cada sítio que o pato aparece é certo e sabido que não faltam relatos de alegria de miúdos e graúdos, além de uma torrente imparável de fotografias. E, claro, de aproveitamentos turísticos e comerciais de todos os géneros, embora não oficiais. Hong Kong é o exemplo perfeito deste efeito. Assim que chegou a Victoria Harbour, o pato tornou-se um fenómeno mundial, na net é um caso sério viral e, de facto, cai que nem uma fábula no cenário do porto, barcos e “skyline".

Mas, mais do que isso, não falta pela cidade quem tente lucrar com o pato. Como conta o "South China Morning Post", diversos comerciantes apanharam a onda: vendem-se t-shirts, pratos de arroz de pato inspirados no trabalho de Hofman, restaurantes anunciam ter a "melhor vista" para o pato, promovem-se patos em cristal Swarovski, telefones em forma de pato, t-shirts, "merchandisings" pouco oficiais. O centro comercial The One abriu mesmo uma secção "com todos os seus produtos relacionados com patos", conta o jornal, que adianta ainda que pelo menos uma agência de viagens está a vender programas de um dia com um pequeno cruzeiro em redor da estrela.

Por mais básico que o pato de Hofman possa parecer a muita gente, sublinhe-se que o artista leva muito a sério o seu trabalho e tem regras criteriosas para aceitar convites para levar a sua criação a viajar. O objectivo parece ser manter a essência do pato. "Deve ser sempre mostrado a todo o público, nunca pode ser usado para uso privado", diz. "Não podem ser comercializados produtos [de merchandising]", "tem de estar sempre na água" e "deve ser produzido localmente".

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