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Michael O’Leary foi ao Porto apresentar novidades e voltou a destacar a vontade de entrar nos Açores

Michael O’Leary foi ao Porto apresentar novidades e voltou a destacar a vontade de entrar nos Açores Nelson Garrido

Ryanair admite voar para os Açores já em 2015

Por Abel Coentrão

Presidente da companhia irlandesa pede taxas e "handling" mais baratos nas ilhas.

O presidente-executivo da Ryanair, Michael O’Leary, admite que a companhia de baixo-custo irlandesa poderá voar a partir do Porto e Lisboa para os Açores já a partir do Verão de 2015, se as condições regulatórias e os preços praticados pela ANA – Aeroportos de Portugal, pela utilização dos aeroportos, bem como os custos do handling, forem competitivos.

O CEO da Ryanair esteve esta terça-feira no Porto para anunciar uma nova campanha promocional nas viagens Porto-Lisboa, que a partir de 26 de Outubro passam a ser bi-diárias e que podem ser compradas a 9,99 euros, até quinta-feira, para voos em Novembro e Dezembro. “Um voo por dia era claramente insuficiente para os nossos clientes do segmento dos negócios”, assumiu o irlandês, que espera “roubar” mais clientes à TAP nas ligações à capital.

A companhia, prometeu, vai continuar a investir nas suas três bases em Portugal, para alcançar a meta dos 12 milhões de passageiros anuais. No Porto, a partir de 26 de Outubro também, começam as rotas para Berlim (quatro vezes por semana) e Hamburgo (três voos semanais) e vai ser aumentada a frequência das ligações a Madrid (que passam a ser bi-diárias também), a Milão (voo diário) e Clermont-Ferrand, que passa a contar com três voos por semana.

O líder da Ryanair voltou a criticar a política de taxas da Vinci, concessionária dos aeroportos nacionais que já fez saber que vai aumentar os custos da operação em Lisboa. O’Leary explicou que essa é uma questão que está também a ser colocada nas negociações para uma futura operação nos Açores, que pode valer, num primeiro ano, e com os aviões disponíveis em Porto e Lisboa, 350 mil passageiros por ano.

“As pessoas dos Açores têm sido mal servidas, com aviões pequenos e tarifas altas. Nós podemos oferecer melhor serviço, com aeronaves maiores e preços mais baixos”, argumentou o CEO da companhia de baixo-custo, que olha para uma possível rota para as ilhas como uma forma de alimentar, também, o movimento de passageiros a partir dos dois principais aeroportos nacionais para as rotas que opera a partir deles.

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