Quando se trata de escolher o top mundial de livrarias, a Lello quase sempre surge entre as eleitas e desta vez não foi excepção, com honras de abertura no artigo da Travel+Leisure, igualmente destacado na reputada Time, do mesmo grupo de media norte-americano.
Diz a revista que “há o rumor de que J.K. Rowling foi inspirada pela Livraria Lello enquanto escrevia Harry Potter (e ensinava inglês) em Portugal”. Para a publicação, “não se demora muito a reconhecer o potencial da Lello como musa: o átrio em vitral coloca as atenções na escadaria vermelho escuro da livraria, suficientemente espectacular para fazê-lo parar” durante a visita.
Pouco depois, no pequeno texto dedicado exclusivamente à centenária loja portuense, os elogios continuam: “a fachada neo-gótica mal sugere a opulência do interior”, onde “mais de 100 mil livros diferentes” se arrumam entre “madeira talhada, colunas douradas, tectos ornamentados” e, uma vez mais, “a bela escada vermelha iluminada pela clarabóia em vitral”.
A Livraria Lello – visita tão obrigatória para os turistas no Porto que os responsáveis chegaram a ponderar cobrar entradas – está de portas abertas na rua das Carmelitas, n.º 144, desde 13 de Janeiro de 1906. Nos últimos anos não tem falhado praticamente nenhum top das livrarias mais bonitas do mundo, surgindo em destaque em artigos em várias publicações, da Lonely Planet à CNN.
Do grupo das 15 livrarias mais “cool” do mundo, segundo a revista de viagens do grupo Time, fazem ainda parte: Barter Books (Alnwick, Inglaterra), Powerhouse Arena (Brooklyn, EUA), Cafebrería El Péndulo (Cidade do México), Shakespeare and Co. (Paris, França), Books for Cooks (Melbourne, Austrália), Bart’s Books (Ojai, EUA), Dominicanen Bookstore (Maastricht, Holanda), Book Lounge (Cape Town, África do Sul), El Ateneo Grand Splendid (Buenos Aires, Argentina), The Last Bookstore (Los Angeles, EUA), Libreria Acqua Alta (Veneza, Itália), Librairie Avant-Garde (Nanjing, China), The Academic Bookstore (Helsíquia, Filândia) e Stanfords (Londres, Inglaterra).
“Para os viajantes, estas lojas vão além de uma boa selecção de livros: elas integram no interior uma abundância de beleza, carácter, peculiaridade e história local. E servem como eixo comunitário, onde é possível encontrar o pulsar criativo do destino visitado”, descreve.