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No Yes Lisbon, um dos hostels que costuma ser eleito para os tops de melhores hostels do mundo

No Yes Lisbon, um dos hostels que costuma ser eleito para os tops de melhores hostels do mundo DR

Há 120 hostels registados em Portugal, quase metade em Lisboa

Por Lusa, Fugas

Os hostels têm novas exigências. E quanto a números oficiais, entre legalizados e 'clandestinos', o secretário de Estado do Turismo diz que 'vale a pena esperar' para depois 'fazer uma avaliação'.

"Temos 127 registos de hostels, 47 em Lisboa, 22 em Faro e 18 no Porto", afirmou o secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, à agência Lusa. São os dados oficiais, contabilizados a partir de Novembro, quando entrou em vigor a nova lei do alojamento local, sendo que alguns desses estabelecimentos, como adiantou Mesquita Nunes, já estavam em actividade mas actualizaram o registo de acordo com as regras do novo regime.   

Questionado pela Lusa se este será o número total de hostels em actividade no país, ou se existirão ainda mais ilegais e sem registo, o governante referiu que "vale a pena esperar por um ano de vigência da lei para fazer uma avaliação se ela cobre ou não os números clandestinos de que se fala".

No que respeita aos hostels, o regime de alojamento local foi alterado, tendo sido introduzidas novas exigências, casos de janelas nos quartos, mais camas em dormitório do que em quartos e chuveiros em espaços autónomos separados por portas com fecho interior nas instalações sanitárias comuns a vários quartos e usados por ambos os sexos. 

Para o secretário de Estado, estes requisitos são apenas "condições mínimas", que permitem diferenciar os hostels dos hotéis, e defende que a opção do Governo foi a de dar "total liberdade" aos proprietários para definirem a estrutura, área e serviços que querem oferecer no seu 'hostel'. "Uma lei minimalista não significa que os hostels não vão ter qualidade, mas que são os turistas que definem a qualidade que querem, e não a lei, permitindo assim o surgimento de produtos inovadores e criativos", defendeu Adolfo Mesquita Nunes.

Sobre as queixas dos hoteleiros acerca de uma alegada concorrência desleal dos hostels, o secretário de Estado alerta: "Ninguém impede um hoteleiro de abrir um hostel, se considera que este negócio é bom e lhe faz concorrência. O que não podemos é ter o Estado a dizer aos turistas que não queremos que tenham liberdade para escolher onde se querem alojar".  

Entre os melhores do mundo

Os hostels portugueses têm conseguido destacar-se neste nicho altamente concorrencial, posicionando-se, inclusive, em vários portais de reservas internacionais, como os melhores do mundo. Já este ano, nos prémios do Hostelworld, dito o maior site de reservas de hostels, por exemplo, foram atribuídos "Hoscars" a oito albergues lusos, sendo que as classificações são dadas por milhares de utilizadores segundo uma série de critérios.

Home Lisbon Hostel foi n.º 1 europeu e mundial em termos de hostels de média dimensão (76-150 camas), uma área dominada por presenças portuguesas: os primeiros seis lugares da lista pertenciam ao Yes Lisbon (também o 2.º melhor da Europa), Tatva Design (Porto), Lost inn Lisbon, Lisbon Destination (o da estação de comboios do Rossio) e ao Sunset Destination (na estação de comboios do Cais do Sodré). Também no top de pequenos hostels (até 75 camas) houve estrelas portuguesas: uma portuense, o Yes Porto; outra lisboeta, a Travellers House. Para Portugal, mais precisamente para o Yes Porto Hotel, veio até a distinção de "hostel mais seguro" do mundo. O resumo destes Hoscars e respectiva fotogaleria podem ser vistos aqui.

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