Só avançaram agora porque queriam estar “em velocidade de cruzeiro” em Lisboa. Mas depois do Porto estão prontos para avançar para Setúbal e Faro – o que deverá acontecer até ao final do ano. E de seguida, Miguel admite que a Zomato chegue ao Funchal, que representa uma proposta diferente das que habitualmente têm. No entanto, sublinha, é sempre preciso fazer uma avaliação prévia porque “não faz sentido lançar a Zomato numa cidade que tenha menos de mil restaurantes”.
A equipa de Portugal já tem uma grande experiência e o sucesso conseguido em Lisboa fez com que fosse chamada a lançar a Zomato noutros países, como a República Checa, a Polónia ou a Eslováquia. Fizeram nestes locais o mesmo que agora no Porto: enviaram inicialmente uma equipa de Lisboa, entre uma e quatro pessoas, para fazer a formação, conhecer a cidade e identificar os locais por onde começar. Depois de o projecto estar estruturado passa a ser gerido no terreno por uma equipa local.
No caso do Porto, a equipa local está apenas a recolher a informação que depois é colocada na plataforma a partir de Lisboa, onde trabalham já 40 pessoas. Na capital, a Zomato tem registados 11.500 espaços de restauração e num ano conseguiu 150 mil utilizadores e 1,2 milhões de visitas por mês.
Para além da informação exaustiva que fornece sobre os espaços, a aplicação é também uma rede social alimentada pelos foodies, os frequentadores de restaurantes que vão postando as suas impressões e fotos sobre os locais e criam as suas próprias redes de seguidores.
A Zomato, que foi fundada na Índia em 2008 (um investimento da Sequoia Capital, Vy Capital e Info Edge Limited, num total de 163 milhões de dólares), está actualmente em 22 países e reúne informações sobre mais de um milhão de restaurantes, recebendo 80 milhões de visitas por mês.
Em Portugal, diz Miguel Ribeiro, vai continuar a expandir-se não só em número de cidades mas também na criação de iniciativas diferentes. Um exemplo? No Mercado de Campo de Ourique, em Lisboa, vai haver um espaço Zomato para quem quiser, em condições óptimas de luz, fotografar o que vai comer.