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Dário Cruz

Há clientes do SushiFest que querem ser reembolsados

Por Lusa

Em Oeiras, 'o primeiro festival de sushi da Europa' teve um mau primeiro dia e faltou comida. Organização garante que problemas estão resolvidos.

Várias pessoas reclamaram quinta-feira a devolução do valor dos bilhetes que pagaram para um festival de sushi em Oeiras, alegando expectativas defraudadas com a organização do evento, que prometia qualidade e comida à discrição.

José Pedro Sousa relatou nesta sexta-feira à agência Lusa que chegou com os amigos às 20h30 de quinta-feira, primeiro dia do Sushi Fes', que decorre até sábado em Oeiras, e saiu depois das 23h00, após fazer a reclamação e praticamente sem comer.

“Prometiam sushi à discrição, mas nem conseguimos comer a base, apenas um prato combinado”, contou à agência Lusa, lamentando não ter conseguido chegar à fala com alguém da organização: “Apareceu apenas uma pessoa que se identificou como amigo da organização. Ficou com os nossos contactos, mas sem qualquer compromisso”.

Quando conseguiu aceder ao livro de reclamações do Sushi Fest, José Pedro formalizou os motivos do protesto e pediu o reembolso dos bilhetes, à semelhança de muitas outras pessoas, explicando que neste festival, que prometia música e sushi à descrição, houve muita gente que nem provou as iguarias da cozinha japonesa, havendo enormes filas para comer, sem o serviço dar resposta.

“Quando fomos reclamar, havia dezenas de pessoas à espera para fazer o mesmo, outras acabaram por desistir e foram embora”, contou, sublinhando que o preço do bilhete para um dia era de 60 euros, havendo ingressos mais caros (VIP).

O evento é apresentado na página electrónica da organização como o primeiro festival de sushi da Europa, com um cartaz musical assegurado por artistas portugueses.

“Não estavam minimamente preparados para servir sushi para aquela quantidade de pessoas”, lamentou José Pedro, indicando que estariam 2.000 a 3.000 pessoas no recinto do Palácio Marquês de Pombal, em Oeiras.

Na página de Facebook do evento, as críticas são muitas, desde falhas na organização à qualidade e quantidade da comida, aos tempos de espera.

Caetano Calçada foi uma das pessoas que decidiu abandonar o recinto, onde diz que correu “tudo mal”, como relatou à Lusa.

“Não se comeu sushi, consegui um pratinho. Houve pessoas que esperaram duas e três horas e zero”, declarou, explicando que esperou uma hora para formalizar a reclamação, numa fila de pessoas igualmente descontentes e a quem terá sido dito que não havia “dinheiro em caixa” para devoluções.

À redacção da Lusa chegaram também queixas de pessoas que afirmaram não ter conseguido ter acesso ao livro de reclamações, como foi o caso de Miguel Santos, que pediu igualmente o reembolso.

"Estive na quinta-feira no Sushi Fest e foi um fenómeno ridículo e absurdo, um roubo às pessoas, estive lá mais de três horas e não consegui comer nada", disse à Lusa.

Contactada pela Lusa, a organização do evento garantiu que todas as pessoas que apresentaram reclamação estão a ser “directamente contactadas”, mas sem referir pormenores, nomeadamente se haverá lugar a algum tipo de ressarcimento.

Os promotores lamentam os atrasos que ocorreram na noite passada e que originaram “maior tempo de espera” durante o jantar.

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