O novo núcleo museológico integra o projecto de recuperação da antiga estação ferroviária de Mora, que se irá transformar num complexo cultural, com biblioteca, espaço de Internet, bar de apoio e outras valências. O Museu do Megalitismo está, no entanto, a ser erguido num edifício construído de raiz, contíguo à estação, cuja obra está “praticamente concluída”, avança o presidente do município à agência Lusa. A abertura ao público está, por isso, prevista para “Abril ou Maio”, adianta ainda Luís Simão.
Esta é uma das principais apostas da autarquia de Mora para este ano e tem como objectivo aproveitar e potenciar a riqueza arqueológica ligada à arte megalítica existente no concelho alentejano.
“As investigações arqueológicas em Mora começaram há mais de 100 anos. Foram encontrados milhares de peças e de monumentos e, durante muito tempo, as pesquisas decorreram na freguesia de Pavia, mas hoje sabemos que existem vestígios em todas as freguesias”, salientou.
O museu vai expor algumas das peças encontradas no concelho, mas o seu foco principal será promover a interactividade com os visitantes, através de “um projecto inovador na área da museologia em Portugal”, defende o autarca.
Um filme em três dimensões com a apresentação do museu, em que “as pessoas se vão sentir envolvidas e vão compreender melhor o que vão visitar”, vitrinas interactivas e a projecção de hologramas, que vão fazer aparecer “homens do tempo do megalitismo” são algumas das “surpresas” preparadas, revelou Luís Simão.
O projecto — iniciado em 2014, ano em que se assinalou o centenário do início das escavações arqueológicas em Mora — representa um investimento de 2,5 milhões de euros, comparticipado em 85% por fundos comunitários.
O novo museu vem complementar a oferta gerada pelo Fluviário de Mora, espaço na freguesia de Cabeção que retrata o mundo dos lagos e dos rios e que é actualmente a principal atracção turística do concelho. “Mais de metade das pessoas que vêm ao Fluviário fica pouco tempo. Queremos que permaneçam cá mais dias e isso só é possível se tivermos mais coisas interessantes para poderem ver”, explicou Luís Simão.
