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  • David Neeleman, accionista da TAP, e Fernando Pinto, presidente da companhia aérea, chegaram de tuk tuk à cerimónia de apresentação, no Páteo da Galé, em Lisboa
    David Neeleman, accionista da TAP, e Fernando Pinto, presidente da companhia aérea, chegaram de tuk tuk à cerimónia de apresentação, no Páteo da Galé, em Lisboa DR

TAP quer transformar escalas em Portugal em estadias de até três dias

Por Mara Gonçalves

Portugal Stopover, lançado esta terça-feira, permite aos passageiros de longo curso fazer escalas de um, dois ou três dias em Lisboa ou no Porto. O programa não implica custos adicionais no preço dos voos mas dá acesso a descontos em hotéis, restaurantes, lojas e empresas de animação turística.

Estadias em hotéis a “preços exclusivos”, oferta de uma garrafa de vinho português nos restaurantes aderentes em Lisboa (a campanha arranca com “15 mil garrafas”), uma experiência gratuita (para já há seis disponíveis no site, entre passeios de tuk tuk por Belém, visitas a adegas ou observação de golfinhos no Sado), descontos em lojas, museus, restaurantes e passeios turísticos.

É assim que a companhia aérea espera atrair mais passageiros para as suas ligações de longo curso, que com este novo programa podem aproveitar para visitar dois destinos em vez de um: o país final para onde viajam e Portugal, transformando a escala em Lisboa ou no Porto numa estadia de até três dias, sem custos adicionais ao nível dos bilhetes de avião e preços reduzidos no alojamento e actividades turísticas, entre outros.

Com este novo serviço, a TAP “quer trazer mais 150 mil turistas a Portugal em 2017 e mais 300 mil em 2018”, avançou o presidente da TAP durante a cerimónia de apresentação do programa, que decorreu esta terça-feira em Lisboa. “São metas ambiciosas”, assumiu, no entanto, Fernando Pinto, defendendo ser apenas possível com a “união de esforços” de todas as entidades envolvidas.

Segundo a companhia, o “potencial impacto” deste programa para a economia nacional é de “150 milhões de euros, nos próximos três anos”, contabilizados apenas os gastos em termos de consumo (hotéis, restaurantes, passeios, etc). No entanto, Fernando Pinto não revelou o valor do investimento envolvido no lançamento do projecto, referindo apenas ter sido “partilhado” entre “todos”.

Portugal Stopover está disponível nas rotas de ida e volta da TAP com origem no continente americano (EUA e Brasil) e destino na Europa ou África, ou vice-versa, e que tenham escala em Lisboa ou no Porto. Durante a reserva do voo, os passageiros têm apenas de seleccionar a opção de Stopover no módulo de pesquisa, escolher a duração da escala (24h, 48h ou 72h) e, se quiserem, decidir logo o hotel parceiro onde pretendem ficar alojados. Há ainda uma aplicação para smartphone onde é depois possível reservar actividades a preços reduzidos, encontrar mapas com sugestões de paragens e visitas e partilhar as experiências nas redes sociais, entre outras opções.

Foco nos EUA

O objectivo final da companhia é “criar um novo eixo atlântico preferencial nas ligações entre esses continentes, que estão interligados pela TAP”. No entanto, as atenções concentram-se, para já, no mercado norte-americano, aproveitando a recente abertura de duas novas rotas (Boston e Nova Iorque – aeroporto JFK), além do reforço, durante o Verão, dos voos para Miami e Nova Iorque – aeroporto de Newark.

Com esta aposta na estratégia de expansão no mercado norte-americano – onde se incluem ainda as parcerias firmadas com a Jetblue (EUA) e a Azul (Brasil) –, a companhia aérea portuguesa espera transportar, nos próximos três anos, “mais de um milhão” de passageiros vindos dos EUA. Para Fernando Pinto, “é o momento certo para conquistar este mercado”, recordando os dados avançados pela Comissão Europeia, que estima que, “só este ano, 27 milhões de norte-americanos irão viajar para a Europa”.

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