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A nova vida do Pérola Negra: de casa de strip a discoteca

Por Fugas

Foi ícone da noite mais alternativa do Porto, agora mudou de mãos e de conceito. O Pérola Negra reabre esta sexta-feira. Agora do lado A da noite portuense.

Durante anos foi um ícone da noite mais alternativa do Porto — ou seja, o verdadeiro o lado B, aquele das casas de alterne, de strip tease e do sexo ao vivo (dizem que foi pioneira). A crise chegou, foi encerrado por dívidas às Finanças e posteriormente foi a leilão, reabriu, fechou, nova reabertura, mas o declínio já era irreversível e voltou a encerrar. Agora, não só muda de mãos como muda de conceito: o Pérola Negra está de volta, desta vez do lado A da noite portuense, e é, a partir desta sexta-feira, a mais recente discoteca do Porto.

A nova vida do Pérola Negra chega pelas mãos de Mário Carvalho, responsável por outro dos espaços incontornáveis portuenses, o Indústria, clube-meca de peregrinações noctívagas à Foz. Desta vez é no coração da cidade que Mário Carvalho aposta — no famoso número 288 da Rua de Gonçalo Cristóvão, perto da esquina com a Rua de Camões. A decoração manter-se-á no estilo anos 1970/80, cabaret com o seu quê de decadente mas agora, claro, com a aura vintage — e, neste caso, verdadeira.

Depois da abertura de portas na noite de 18 de Novembro, no próximo dia 25 realizar-se-á a reinauguração. It’s amazing é o nome da festa que trará de novo para o radar da noite portuense o Pérola Negra, desta feita gentrificado. 

A nova discoteca funcionará apenas às sextas-feiras, sábados e vésperas de feriado e pode ser a âncora para esta zona da Baixa do Porto ainda à margem do olho do furacão que tomou conta dos quarteirões que emanam da Praça Filipa de Lencastre. E pode ser ainda a oportunidade para muitos entrarem, finalmente, num dos espaços mais (re)conhecidos da noite da cidade mas que durante muito tempo foi também um local de tabus para muitos. (Ainda) Alguém terá medo do Pérola Negra?

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