Lá fora chove como há muito não acontecia em Lisboa, mas dentro do Restaurante Eleven, no topo do Parque Eduardo VII, o ambiente é caloroso graças à escolha de Joachim Koerper para a sua carta de Inverno.
A refeição começa com um amuse-bouche que lembra os sabores do Verão: bivalves à Bulhão Pato, com clorofila de coentros e espuma de Bulhão Pato. E, de seguida, uma vieira corada com pancetta de porco preto com couve-flor (39 euros) em várias formas e feitios – pickles, cuscus e puré.
É então que provamos o Inverno num creme parmantier com presunto e trufa negra (26 euros) – é agora a época das trufas. As trufas e o presunto chegam à mesa e o creme vem depois, num pequeno bule, que é despejado à nossa frente, fazendo sobressair os cheiros. Pela primeira vez, a mesa de jornalistas convidados por Miguel Júdice, presidente do grupo Lágrimas Hotels & Emotion, do qual o Eleven faz parte, fica em silêncio, saboreando o creme.
E segue-se uma das novidades desta carta de Inverno: vazia de novilho black angus, alho francês, milho e molho barbecue (45 euros). Os vegetais foram mesmo ao churrasco antes de serem dispostos no prato e a carne macia desfaz-se na boca.
Koerper apresenta não uma, mas duas sobremesas novas. A primeira é um crème brûlée de tangerina, com sorbet da mesma e mousse de canela (16 euros). E a segunda abre-nos as portas à Primavera, com o simples nome de líchias e framboesas (17 euros): o chef brinca com os frutos e transforma-os, pois em vez das redondas líchias, com o mesmo feitio há uma espuma daquele fruto oriental envolto numa gelatina de framboesas e ainda um sorbet deste fruto silvestre que quebra o sabor característico das líchias, deixando a boca adocicada.
A Fugas experimentou o menu a convite do Restaurante Eleven