São boas notícias para quem planeava visitar a aldeia suíça Bergün de câmara na mão. Na quarta-feira, as autoridades da aldeia suíça anunciaram a criação de uma lei que proibia turistas de tirarem fotografias das paisagens de Bergün, sob justificação de provocar infelicidade nos que as vissem e não pudessem visitar o local. Esta sexta-feira, o presidente da aldeia, Peter Nicolay, decidiu anular a decisão. Mas pede aos turistas para serem cuidadosos.
A aplicação da norma e da pena de 5 francos suíços (4,50 euros) a quem a transgredisse não tardou a tornar-se viral nas redes sociais. A comunidade online ficou dividida, entre apoiantes e pessoas insatisfeitas. Algumas apostavam, inclusive, que se tratava apenas de uma estratégia de marketing por parte do gabinete de turismo.
Dois dias depois do anúncio da lei, em comunicado de imprensa, as autoridades convidam estrangeiros a visitar o território e a gravar o momento numa fotografia. “Mas continuamos a pedir que publiquem fotografias de Bergün com cuidado. Ninguém deveria ser infeliz graças às suas bonitas fotografias”, pode ler-se no comunicado.
Na altura em que as perguntas sobre a lei começaram a surgir, a directora de turismo de Bergün, Marc-Andrea Barandun, admitiu, em declarações à imprensa, tratar-se de uma combinação entre querer preservar a beleza da zona e “alguma jogada de marketing”. “No fundo, é claro, a ideia é que todos falem sobre Bergün”, conta.
O objectivo foi alcançado. Bergün abre novamente portas às memórias fotográficas.
Texto editado por Hugo Torres
