Fugas - restaurantes e bares

  • Emmanuel Nguyen Ngoc
  • Emmanuel Nguyen Ngoc

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Experimentar cafés raros é nos restaurantes com estrelas Michelin

Divertido, Vinke olha para os jornalistas a experimentarem o seu prato. Fica satisfeito com as suas reacções e confessa que gosta de espreitar os clientes a comerem este prato porque os vê sempre sorrir e até rir. É isso que lhe dá gozo na cozinha.

Na sua carta tem cinco cafés para harmonizar com os pratos. “É mais do que café, porque é o sabor, é uma nova forma de trabalhar e os clientes gostam”, diz.

O atelier prossegue com uma comparação entre os cafés vintage de 2011 e 2014 — criados recentemente pela Nespresso, em Portugal está só à venda o de 2014 — e o whisky escocês, com Karsten Ranitzsch, director mundial de café da Nespresso, e o especialista em whisky Charles MacLean; e a apresentação de uma nova máquina para os amantes dos cafés com leite, os cappuccinos e afins que dificilmente chegará tão cedo a Portugal, a Creatista.

Os ateliers, como aquele no qual participamos em Lyon, têm vindo a ser feitos um pouco por todo o mundo, desde 2013, e já levaram dezenas de chefs e centenas de jornalistas a vários cantos do mundo, da Europa ao Japão. Em Lyon, a marca reuniu cinco chefs, um por dia. O primeiro a cozinhar na fábrica de sedas foi o bretão Jérôme Banctel, do Le Gabriel, em Paris (duas estrelas); seguiu-se Yannick Alléno, do restaurante com o seu nome, em Paris (três estrelas). À Fugas calhou Edwin Vinke (duas estrelas) — e enquanto degustávamos o seu menu harmonizado tivemos a companhia à mesa do chef Fabio Pisani, do restaurante Il Luogo di Aimo e Nadia, em Milão (duas estrelas). Coube a Christophe Bacquié, do restaurante com o seu nome em Le Castellet, fechar o atelier.

Mas esta iniciativa da Nespresso faz-se também com os chefs de pastelaria e sommeliers reconhecidos. Arvid Rosengren foi o sommelier que escolheu os vinhos para a refeição de Vinke; Sébastie Bouillet, pasteleiro premiado de Lyon, imaginou as sobremesas.

O atelier coincidou na semana em que decorreu a final do Bocuse d’Or, o concurso que reúne chefs do mundo inteiro em Lyon, todos os anos. Neste, os cozinheiros não são obrigados a usar café como ingrediente nos pratos, e se usarem não tem de ser Nespresso. Contudo,  a equipa japonesa foi a única que utilizou Nespresso e conquistou o segundo lugar no World Pastry Cup.

Internacionalmente, a Nespresso trabalha com 750 chefs, incluindo 150 com duas e três estrelas. A formação na área dos cafés já chegou a 210 sommeliers. Por cá, a marca trabalha com nove chefs — Henrique Sá Pessoa (Alma, Lisboa), Vítor Matos (Antiqvvm, Porto), João Rodrigues (Feitoria, Lisboa), Henrique Leis (restaurante com o seu nome em Almancil), Sergi Arola e Milton Anes (LAB by Sergi Arola, Sintra), André Silva (Largo do Paço, Amarante), Pedro Lemos (Pedro Lemos, Porto), Luís Pestana e Joachim Koerper (William, Funchal), e Ricardo Costa (The Yeatman, V.N. de Gaia, o único com duas estrelas).

A Fugas viajou a convite da Nespresso

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